29 de abril de 2015: O dia em que o Paraná chorou sangue – Pra nunca esquecer

Hoje faz 3 anos que o Centro Cívico virou uma praça de guerra. A Polícia Militar, a mando do então governador Beto Richa (PSDB), atacou de maneira covarde dezenas de milhares de professores e servidores do Estado. Tudo para garantir a aprovação do confisco da previdência na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

Foram tiros de balas de borracha, bombas lançadas de helicópteros, gás lacrimogênio, cães ferozes, cassetetes. Tudo contra os professores e servidores armados somente com palavras de ordem. “Helicópteros disparavam a esmo bombas contra o povo”, testemunhou horrorizada a senadora Gleisi Hoffmann (PT), em missão oficial do Senado, ao atravessar a Praça Nossa Senhora Salete.

Mais de 200 feridos deram entrada em hospitais. Aliás, a própria  Prefeitura de Curitiba foi transformada em hospital de primeiros socorros. Após o massacre, o governo ainda tentou passar parte da culpa para os professores e servidores.  Como não colou, o então secretário de Segurança, Fernando Francischini (PSL) foi sacrificado como bode expiatório.

Em recentes declarações, Francischini disse que não se arrepende e que faria tudo de novo. Ninguém duvida.

Enquanto as bombas e tiros explodiam na Praça, os deputados votavam o projeto do confisco. A bancada da oposição tentou parar a sessão e suspender a votação, mas o presidente da Assembléia, deputado Ademar Traiano (PSDB) ameaçava continuar só com os governistas.

Um vídeo mais que bizarro que circulou aquele dia mostra integrantes do Palácio Iguaçu assistindo ao massacre e comemorando quando a Polícia fazia ataques aos servidores. Assista a seguir.

Economia

As cenas da covardia de Beto Richa circularam pelo mundo. Veja a seguir:

Enquanto os servidores eram massacrados, a Assembleia aprovou por 31 votos a 20 confisco da poupança previdenciária dos servidores. Mas o massacre e a vergonha de usar a polícia para bater nos professores não se apagam e não há dinheiro que compense.

Nó fim, foram os paranaenses os atacados no Massacre do Centro Cívico. Triste desfecho de uma tragédia anunciada.