PT pede federalização de investigação sobre assassinato de dirigente petista em Foz do Iguaçu

► Federação partidária – PT, PCdoB e PV – aponta escalada da violência contra oposição no Brasil

Partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil) se reunirão nesta segunda-feira (11/07), após o enterro de Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, para preparar pedido de federalização de investigação sobre o assassinato do dirigente petista.

Segundo Elton Barz, presidente do PCdoB no Paraná, a delegada da Polícia Civil Iane Cardoso, que investiga o caso de violência e ódio na tríplice fronteira, seria uma militante bolsonarista.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse ter recebido relatos de que a delegada responsável pelas investigações do assassinato de um apoiador de Lula fez postagens contra o partido em uma rede social.

Em 2016, a delegada que investiga o Caso Marcelo Arruda postou nas redes sociais que “petista quando não está mentindo está roubando ou cuspindo”. Na época, ela também teria marcado postagens com as hashtags “#foralula” e “#foraPT”.

Diante da parcialidade da delegada iguaçuense, o vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Polícia Federal (PF) para que a investigação do caso passe a ser feita pelas autoridades federais.

O dirigente do PCdoB recordou que a Polícia Civil do Paraná, em 2018, não concluiu as investigações do atentado sofrido pelo ex-presidente Lula durante sua caravana na região Sul do estado, entre os municípios de Queda do Iguaçu e Laranjeiras do Sul.

Economia

Em 27 de março de 2018, quando passava pela região, a caravana de Lula foi alvejada com tiros de armas fogo.

Até hoje, os autores dos disparos não foram identificados.

– Após esse atentado, com disparo de arma de fogo, Lula foi preso ilegalmente pela Lava Jato, depois solto e agora é candidato a presidente. No entanto, a Polícia Civil ainda não solucionou o caso a contento – disse Elton Barz.

O PT e a Federação Partidária comparam o atentado bolsonarista em Foz ao assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio, em março de 2018.

Segundo o PT, há uma escalada da violência política contra a oposição no Brasil.

– Estimulados pelo discurso de ódio de Bolsonaro, apoiadores, milicianos e terroristas agem praticamente impunes no país – dizem os petistas.

PT faz uma linha do tempo com a violência bolsonarista

Em 2018, Gleisi Hoffmann aponta buraco feito a tiros em ônibus da caravana de Lula
Em 2018, Gleisi Hoffmann aponta buraco feito a tiros em ônibus da caravana de Lula

► 14 de março de 2018 – Marielle e Anderson executados a tiros no Rio

► 27 de março de 2018 – Tiros contra a caravana de Lula no Paraná

► 3 de setembro de 2018 – “Vamos fuzilar a petralhada”, comanda Bolsonaro em Rio Branco (AC)

► 7 de outubro de 2018 – No dia do primeiro turno das eleições, bolsonaritas atropelam o cineasta Guilherme Daldin, em Curitiba; a cantora trans Juliana Iguaçu foi agredida na cabeça. Pelo menos 50 casos de violência foram registrados nos dez dias anteriores em todo o país, segundo levantamento da Agência Pública e Open Knowledge.

► 8 de outubro de 2018 – Bolsonarista assassinou com 12 facadas o capoeirista Mestre Moa do Katendê em Salvador, um dia depois.

► 8 de outubro de 2018 – Bolsonaristas agridem e tatuam suástica no corpo de mulher de 19 anos em Porto Alegre

► 10 de outubro de 2018 – Dez bolsonaristas armados atacam a Casa do Estudante na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba

► 28 de novembro de 2019 – Bolsonarista assassina idoso a socos e pontapés em Balneário Camboriú (SC)

► 15 de outubro de 2021 – Bolsonarista armado ameaça radialista Jerry Oliveira em Campinas

► 7 de setembro de 2021 – Grupo de bolsonaristas armados atacou e tentou invadir acampamento indígena em Brasília

► 15 de junho de 2022 – Drone pilotado por bolsonaristas lança veneno sobre o público que aguardava ato com Lula em Uberlândia.

► 5 a 7 de julho de 2022 – Três episódios de violência política em sequência: tiro na redação da Folha de S. Paulo; ataque com fezes e ovos ao carro juiz que determinou prisão do ex-ministro bolsonarista; bomba lançada contra o ato público de Lula na Cinelândia.

► 7 e 8 de julho de 2022 – Em pronunciamentos, Bolsnaro volta a incitar apoiadores a ações violentas contra partidos e militantes e de esquerda.

► 10 de julho de 2022 – Bolsonarista invade festa de aniversário assassina dirigente petista em Foz do Iguaçu (PR)

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