Os segredos que o Hamas sabia sobre as forças armadas de Israel

Em um ataque altamente organizado e meticulosamente planejado, membros armados do Hamas adentraram o território israelense, demonstrando um profundo entendimento das fraquezas de Israel.

Neste artigo, detalharemos a sequência de eventos desse ataque surpreendente que revelou uma notável compreensão das vulnerabilidades israelenses.

Para reconstruir os ataques de sábado (7/10), repórteres do jornal americano The New York Times entrevistaram mais de 20 sobreviventes, soldados, oficiais militares e de inteligência, além de revisar documentos de planejamento do Hamas e imagens das operações.

Este artigo aborda de forma minuciosa o ataque que chocou o mundo.

Os dez membros do Hamas, provenientes da Faixa de Gaza, demonstraram um conhecimento extraordinário sobre a localização do centro de inteligência israelense e como adentrá-lo.

Após cruzar a fronteira, dirigiram-se leste em cinco motocicletas, com dois membros em cada veículo, disparando contra carros civis no caminho.

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Após percorrerem 16 km, desviaram-se da estrada e adentraram uma área arborizada, desmontando ao lado de uma entrada desguarnecida de uma base militar.

Com um pequeno explosivo, abriram caminho, entraram na base e, momentaneamente, registraram um autorretrato em grupo.

Em seguida, abateram um soldado israelense desarmado que trajava uma camiseta.

Momentos de incerteza precederam a subsequente ação dos atacantes.

No entanto, um deles retirou um mapa codificado por cores de seu bolso, mostrando o layout do complexo.

Isso os orientou até a porta de um prédio fortificado, onde, ao adentrar, depararam-se com uma sala repleta de computadores, o coração do centro de inteligência militar.

Debaixo de uma cama, encontraram dois soldados em busca de abrigo.

As imagens registradas em uma câmera acoplada à cabeça de um dos membros do Hamas, que mais tarde foi morto, foram revisadas pelo The New York Times e validadas por meio de entrevistas com autoridades israelenses e análise de vídeos militares.

O relato oferece detalhes chocantes sobre como o Hamas e seus aliados conseguiram superar as defesas de Israel.

Com planejamento meticuloso e profundo conhecimento das fraquezas e segredos israelenses, o Hamas surpreendeu o mais poderoso exército do Oriente Médio no último sábado.

Eles ultrapassaram a fronteira, conquistando mais de 48 km quadrados de território, fazendo reféns mais de 150 pessoas e resultando na morte de mais de 1.300 indivíduos, marcando o dia mais letal na história dos 75 anos de Israel.

Utilizando drones, o Hamas destruiu torres de vigilância e comunicação ao longo da fronteira com Gaza, criando amplos pontos cegos para o exército israelense.

Com explosivos e tratores, abriram brechas nas barreiras fronteiriças, permitindo que 200 atacantes adentrassem na primeira onda, seguidos por mais 1.800 ao longo do dia.

Documentos de planejamento do Hamas, vídeos dos ataques e entrevistas com autoridades de segurança revelam um conhecimento notavelmente sofisticado do funcionamento do exército israelense, incluindo a localização de unidades específicas e o tempo de chegada de reforços.

O exército israelense prometeu uma investigação para determinar como o Hamas conseguiu penetrar em suas defesas tão facilmente.

Contudo, seja por descuido na proteção de segredos ou infiltração por espiões, as revelações já causaram apreensão entre autoridades e analistas, questionando como o renomado serviço de inteligência israelense inadvertidamente expôs tantas informações sobre suas próprias operações.

O resultado foi uma série estarrecedora de atrocidades e massacres, o que o presidente israelense, Isaac Herzog, descreveu como o pior massacre em um único dia desde o Holocausto.

Isso abalou a aura de invencibilidade de Israel e provocou um contra-ataque israelense em Gaza que resultou na morte de mais de 1.900 palestinos em uma semana, uma ferocidade inédita na região.

Essa ofensiva colocou em xeque as suposições de que o Hamas, há muito classificado como grupo terrorista por Israel e muitas nações ocidentais, estaria mais interessado em governar Gaza do que em lançar ataques maciços contra Israel.

O Hamas fez os israelenses acreditarem que estava “ocupado governando Gaza”, mas, por debaixo dos panos, preparava-se para este grande ataque.

Os militantes do Hamas invadiram a residência da família Cherry, criando momentos de tensão inimaginável.

Enquanto a família se refugiava em um quarto, os invasores percorriam a sala de estar.

Através de mensagens de texto desesperadas, Cherry pediu ajuda a um amigo enquanto os terroristas se aproximavam da porta do quarto.

O dia da família Cherry começou com um surto de foguetes vindos de Gaza, pouco depois das 6 da manhã.

Os foguetes são uma presença frequente na vida da região, mas algo estava prestes a mudar de forma dramática.

Os sons de tiros ecoaram pelos campos ao redor da vila, e o pânico tomou conta.

A presença dos invasores do Hamas era inegável, e a família Cherry percebeu que a situação estava prestes a piorar.

A família Cherry se viu forçada a agir rapidamente, bloqueando a porta do quarto com uma cadeira e um gabinete.

Eles aguardaram, na esperança de que os invasores os ignorassem, acreditando que o quarto estava vazio.

No entanto, os invasores não desistiram facilmente.

Em outra parte da vila, a família de Miki Levi enfrentava situação igualmente angustiante, com o terror à porta e a necessidade de agir com coragem.

Após momentos de terror, o cabo de uma das portas começou a se mexer.

A família Cherry segurou a respiração e esperou…

O ataque do Hamas desencadeou uma série de eventos caóticos, incluindo a entrada de palestinos em território israelense após a quebra das defesas, atos de saque em cidades israelenses e ataques brutais a civis indefesos.

Com a infraestrutura de comunicações e vigilância afetada pelos ataques do Hamas, as forças israelenses lutavam para coordenar uma resposta eficaz.

A incapacidade de se proteger ou proteger as cidades circundantes revelou uma vulnerabilidade inédita.

Documentos de planejamento do Hamas indicam unidades claramente definidas, com funções específicas e planos de batalha detalhados.

Algumas unidades tinham a tarefa de capturar israelenses para futuras trocas de prisioneiros.

Há relatos de residentes que enfrentaram o pesadelo do ataque do Hamas.

O Times destaca como a falta de comunicação permitiu que os invasores atacassem alvos específicos, pegando os israelenses desprevenidos.

Em meio ao caos, voluntários, incluindo ex-generais, se uniram para ajudar suas comunidades.

A falta de ordens claras levou cidadãos a tomar a iniciativa e agir para proteger suas famílias e vizinhos.

No final, o exército israelense começou a retomar o controle das áreas invadidas pelo Hamas.

A matéria destaca a coragem dos comandantes, soldados e civis que se uniram para conter a ofensiva.

O ataque surpreendente do Hamas revelou vulnerabilidades inesperadas no aparato de segurança israelense.

À medida que as investigações continuam, resta saber como o país reagirá a essa crise.

Enfim, tratou-se de um dos eventos mais impactantes do Oriente Médio, que deixou Israel e o mundo em choque.

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