Israel se viu mergulhado em um cenário de intensos conflitos e ataques terroristas neste sábado,dia 7 de outubro de 2023.
O ataque surpresa do Hamas tem como motivo 50 anos da Guerra do Yom Kippur, também conhecida como Guerra Árabe-Israelense, ocorrida entre 6 a 25 de outubro de 1973.
Com mais de 250 israelenses mortos, mais de 1450 feridos e dezenas de reféns, a nação enfrenta um dos momentos mais críticos de sua história recente.
Ao mesmo tempo, Gaza sofreu com mais de 230 palestinos mortos e cerca de 1.700 feridos devido aos ataques israelenses.
O Blog do Esmael analisa os recentes ataques, suas implicações e o contexto que levou a essa escalada de violência.
Um dos aspectos mais preocupantes desse conflito é a infiltração de dezenas de militantes palestinos em Israel, tanto por terra, como por mar e ar.
Esses infiltrados causaram um grande número de vítimas e mantêm reféns civis em suas casas, gerando um clima de medo e tensão em diversas comunidades israelenses.
O governo de Israel, liderado pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, disse que tomou medidas enérgicas em resposta a esses ataques.
O gabinete de segurança decidiu interromper o fornecimento de eletricidade, combustível e mercadorias para a Faixa de Gaza, em uma tentativa de conter as ações do grupo Hamas, que é acusado de orquestrar os ataques.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou veementemente os ataques do Hamas e reiterou o compromisso dos Estados Unidos em apoiar Israel em sua autodefesa.
Várias nações europeias também expressaram seu apoio a Israel e condenaram os ataques por parte do Hamas.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo X, afirmou que ficou chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas.
“Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas”, disse o mandatário brasileiro.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, manifestou-se Lula.
Além das perdas de vidas humanas, os ataques têm causado um grande impacto humanitário.
Hospitais em Israel e Gaza estão sobrecarregados, e a infraestrutura foi severamente danificada.
As pessoas estão vivendo em condições precárias, com falta de eletricidade e água potável.
O conflito em curso levanta questões sobre o futuro da região.
Israel enfrenta um desafio significativo para restaurar a segurança de suas cidades e libertar os reféns.
O Hamas, por sua vez, está sob pressão para encerrar os ataques e buscar uma solução diplomática.
Brasileiros relatam os horrores dos ataques em Israel
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil prontamente se manifestou, informando que está monitorando de perto a situação das comunidades brasileiras na região.
Estima-se que haja cerca de 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil na Palestina, sendo que, segundo a nota oficial do órgão, a grande maioria deles reside fora das áreas diretamente afetadas pelos ataques.
De acordo com o Itamaraty, há também a lamentável confirmação de que um cidadão brasileiro foi ferido durante os confrontos e encontra-se hospitalizado.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando todo o apoio necessário, inclusive na busca por contato com outros dois brasileiros que se encontravam em uma das áreas atingidas.
Em entrevista concedida à TV Brasil, o técnico de ginástica artística, Felipe Bichof, residente em Tel Aviv, compartilhou suas impressões sobre a situação na cidade:
“A cidade está deserta, embora Tel Aviv seja conhecida por sua segurança nas ruas, não foi decretado nenhum tipo de bloqueio. No entanto, as ruas estão vazias, com poucos carros transitando”.
Ele ainda acrescentou que a sensação predominante é de apreensão e impotência, com a população se mantendo resguardada em suas casas, com receio dos acontecimentos.
O Hamas, conhecido por sua atuação radical, conseguiu infiltrar-se em assentamentos próximos à Faixa de Gaza e fez reféns.
O que chama a atenção é que Israel é amplamente reconhecido internacionalmente por seu poder militar, o que torna essa situação ainda mais surpreendente.
Infiltrar-se em território israelense é uma tarefa altamente desafiadora, dado o rigoroso sistema de segurança.
No entanto, como relatado por Bichof, o noticiário local mostrou israelenses refugiados em bunkers, uma cena que foi transmitida ao vivo pela TV:
“Foi uma situação que começou a ficar muito tensa. A gente acompanhando pelo noticiário pessoas sussurrando ao telefone: ‘Eles estão aqui, me ajuda!’”, relatou.
O maior temor neste momento é que a situação se agrave com a entrada de outros países no conflito.
O governo de Israel já convocou mais de 100 mil reservistas para reforçar a defesa do território.
O desfecho desta crise permanece incerto e, como salienta Bichof, “é imprevisível, podendo durar algumas horas, alguns dias ou semanas. Isso pode escalar, e ficamos apreensivos para que outros países não se envolvam nessa situação”.
A jornalista Carolina Rizzo, também moradora de Tel Aviv, compartilhou suas preocupações:
“Não estou saindo de casa, estou trancafiada dentro de casa, só acompanhando em grupos de WhatsApp de quem mora por aqui, vendo notícias o dia inteiro. Venho para a varanda do apartamento e quase não tem carro passando. Você não vê gente andando na rua, está bem estranho e angustiante”.
Carolina também relatou ter ouvido cinco sirenes de disparos de foguetes no dia, o que a obrigou a buscar abrigo antiaéreo.
Neste contexto de crescente tensão, o Brasil, que atualmente ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), convocou uma reunião extraordinária do órgão.
Esta reunião, marcada para às 16h deste domingo, horário de Brasília, na sede da ONU em Nova Iorque, visa tomar decisões que possam contribuir para a resolução dos ataques na região.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua consternação diante do ataque do Hamas contra Israel e declarou que o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito.
Lula enfatizou a importância de a comunidade internacional trabalhar em prol da retomada das negociações visando a solução do conflito e a criação de um Estado Palestino viável e pacífico, coexistindo com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados.
Diante da crise, diferentes posicionamentos emergiram, representando a complexidade da situação.
O movimento global Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) expressou seu apoio aos palestinos, condenando o que chamou de “hipocrisia colonial” e destacando as questões históricas envolvendo a região e o direito dos palestinos de se defenderem.
Por outro lado, a Federação Israelita do Estado de São Paulo, enquanto representante da comunidade judaica na região, reafirmou seu apoio ao Estado de Israel, argumentando que, como qualquer país do mundo, Israel tem o direito e o dever de proteger seu território e sua população.
Em resumo, o Oriente Médio enfrenta um cenário de grave crise, com a população de Israel e da Palestina vivenciando momentos de angústia e incerteza.
O papel da comunidade internacional e das Nações Unidas se torna fundamental na busca por soluções que promovam a paz e a segurança na região.
No entanto, o desfecho dessa crise continua a ser uma incógnita que demanda esforços diplomáticos intensos e ações concretas para se alcançar uma resolução justa e duradoura.
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