O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), por meio das redes sociais, explicou seu apoio à causa palestina em meio à guerra em Gaza, deflagrada no fim de semana pelo ataque do Hamas a Israel.
“Minha defesa dos direitos do povo palestino é pública. Cheguei inclusive a realizar uma visita à Cisjordânia em 2018, da qual os bolsonaristas estão utilizando imagens para propagar Fake News”, disse o pré-candidato a prefeito de São Paulo.
“Agora, condeno sem meias palavras ataques violentos a civis, como os que mataram nas últimas horas 250 israelenses e 232 palestinos”, afirmou no domingo (8/10).
Nesta segunda-feira (9/10), no terceiro dia de conflito, pelo menos 700 israelenses foram mortos e quase 2.400 feridos desde a invasão surpresa do Hamas na manhã de sábado.
Em Gaza, os palestinos relatam 493 mortos e 2.751 feridos.
“Deixo minha solidariedade às vítimas e seus familiares. Defendo uma solução pacífica e duradoura, que passe pelo cumprimento do direito internacional e das resoluções de paz”, disse Boulos, cuja família é de origem palestina.
Na campanha presidencial de 2018, Guilherme Boulos viajou ao Oriente Médio quando declarou sua intenção de debater a causa palestina naquela eleição.
Na época, Boulos também se reuniu com grupos judeus de esquerda e visitou o Yad Vashem, memorial dedicado aos 6 milhões de judeus vítimas do Holocausto.
Porém, o posicionamento atual do pré-candidato do PSOL provocou uma baixa na coordenação de seu plano de governo à Prefeitura de SP.
Em nota à imprensa, Jean Gorinchteyn, ex-secretário de Saúde no governo João Doria (PSDB), comuniciou que abandonou o barco de Boulos, que, segundo o sanitarista, alegando que o pré-candidato do PSOL tem “postura pró-Palestina que não menciona ou condena o grupo extremista islâmico armado Hamas pelos atentados terroristas em Israel no último sábado…”.
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Sinceramente, não sou de direta, mas, também não vejo que a esquerda brasileira pense no Brasil. Está é uma situação em que a gente vê que eles estão focados em outras coisas. Veja está foto. Uma foto como qualquer outra, se não fosse o apelo errado em cima de ações que tem seus responsáveis. O lado dos extremistas islâmicos que fazem ataques à populações civis, como também do lado israilita que faz a mesma coisa. Nisso, só tem uma vítima, as pessoas que não comungam com o extremismo de ambos os lados. E cabe ao Brasil, não se envolver nisso. Até porque um envolvimento, tem que tomar partido de um lado ou outro. É melhor ficar fora desta e a esquerda brasileira, a repensar suas atitudes e não ficar comungando ideologias que não levam a nada.