Requião anuncia desfiliação do PT: uma entrevista exclusiva revela os motivos por trás da decisão

Na manhã desta quarta-feira, 27 de março, o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, concedeu uma entrevista exclusiva ao Blog do Esmael, anunciando sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT). O anúncio surpreendeu o cenário político nacional e levantou questionamentos sobre os rumos do partido e da esquerda brasileira. Nesta matéria, trazemos uma análise detalhada dos principais pontos abordados por Requião durante a entrevista [abaixo, assista ao vídeo e leia a transcrição da íntegra da entrevista].

Durante a conversa com Esmael Morais, Requião explicou os motivos que o levaram a deixar o PT, partido ao qual ingressou com o objetivo de combater o liberalismo e apoiar a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o ex-governador expressou sua desilusão ao perceber que o PT havia perdido sua função transformadora no cenário político brasileiro. Para Requião, o partido aderiu à direita, abandonando os princípios que o levaram a se filiar inicialmente.

Requião não poupou críticas ao PT e ao governo Lula, apontando alianças questionáveis e políticas que, em sua visão, prejudicam o país. Ele destacou o apoio do PT ao pedágio no Paraná, uma questão que ele combateu fortemente, e a venda de empresas estatais, como a Copel e a Sanepar. Além disso, Requião criticou a postura do governo federal em relação à Petrobras e às políticas econômicas adotadas, que considera prejudiciais ao país.

Ao ser questionado sobre seu futuro político, Requião afirmou que ainda não definiu seu próximo partido, mas deixou claro que buscará uma sigla que esteja alinhada com seus princípios e ideais. Ele descartou qualquer possibilidade de aderir à direita e reafirmou seu compromisso com a esquerda e com a luta pelos direitos dos trabalhadores e pela soberania nacional.

A entrevista de Roberto Requião ao Blog do Esmael não apenas revelou os motivos por trás de sua desfiliação do PT, mas também trouxe à tona importantes reflexões sobre o cenário político brasileiro. As críticas e análises feitas pelo ex-governador servem como um alerta para a esquerda brasileira, instigando-a a repensar suas estratégias e reafirmar seu compromisso com os ideais progressistas e transformadores.

Assista – Entrevista com Roberto Requião [exclusiva]:

Economia

Leia a íntegra da transcrição da entrevista:

Esmael Morais (Blog do Esmael): Olá, bom dia, sou Esmael Morais, do Blog do Esmael. E, hoje, eu estou aqui na casa do ex-governador, ex-prefeito, ex-senador Roberto Requião, que, nesta manhã (quarta-feira, 27/3), trouxe uma informação bombástica que é a sua desfiliação do PT. Requião, dom dia. E que história é essa, Requião, é para valer mesmo?

Roberto Requião: claro que é para valer. Eu faço política segundo os meus princípios e tenho uma fidelidade absoluta ao povo do Paraná e ao povo brasileiro. Eu entrei no PT para ajudar a liquidar o liberalismo, do Guedes e do Bolsonaro, que era uma coisa estúpida. E para eleger o Lula. Eu tenho uma admiração pessoal pelo Lula, com a trajetória, o seu crescimento cultural e político. E era continuado. Mas de repente, o que eu vejo é que o PT perde a sua função transformadora no Brasil. Ele aderiu à direita. Tal Aliança da Esperança se transformou numa política claramente de centro-direita. Não digo a você que essa etapa do petismo não foi interessante e positiva para o Brasil, mas eu quero mais, por exemplo, aqui no Paraná. O PT fez o pedágio do Lula e do Bolsonaro. Um pedágio que o Ratinho e o Bolsonaro não tinham feito porque iam perder a eleição. Era uma coisa criminosa, reconhecida como um absurdo, como crime pelo tribunal de contas da união, do estado, do Ministério público estadual, federal, pelas oposições. E de repente, o Lula assume faz e o ministro do Lula, da área [do Transporte] filho do Renan Calheiros [Renan Filho] disse que é um exemplo para o Brasil, ora, estamos vendo que exemplo é. Tarifas absurdas, mais 15 praças. É uma roubalheira monumental. O governo federal, no Paraná, apoia a venda da Copel. O BNDES podia ter impedido, podia ter se manifestado, mas apoiou a venda da Copel. Estão vendendo a Sanepar através do BNDES, com a tal parceria público privada, PPP e investimento, e estão vendendo o Porto de Paranaguá, que é uma concessão Federal. O silêncio absoluto do estado. Então, o que eu vejo é que isso tudo se deve a um pragmatismo político. Eles querem apoio da direita, eles estão entregando os nossos princípios, entregando a soberania do país e a nível federal eu vejo que estão fazendo com a Petrobras. A Petrobras está sendo liquidada. Eles agora inventaram um corte de metade nos dividendos, mas é uma reserva de contingência que não é para investir, não é para fazer a empresa desenvolver, é para pagar dividendos na sequência. Mas além disso, não investe em nada. A Petrobras está sendo liquidada. O tripé continua o mesmo. Meta de inflação, dólar flutuante e superávit primário, que é tão absurdo. E a crítica que se fazia retoricamente, o banco central acabou. Eles são parceiros. Agora, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe prêmios em parceria com o Roberto Campos Neto. Então, eu estou vendo que a importância que o PT teve pela qual eu entrei era válida nas mesmas circunstâncias eu faria isso de novo, mas não é mais um partido transformador. Eles estão com o governo na mão, distribui cargos aqui, ali ,e aqui em Curitiba resolveram fazer uma aliança para a prefeitura com um sujeito [Luciano Ducci, do PSB] que já foi prefeito por 2 anos era vice do Beto Richa. A agora na próxima eleição para o governo do estado só falta lançarem um Beto [Richa] com o apoio do PT está à frente da Esperança. Bom, eu não poderia de forma alguma, na idade que eu estou, com a história da minha vida, aderi, eu quero um Brasil transformado, eu quero evolução no sentido da soberania brasileira, da elevação cultural das pessoas, da elevação econômica dos filhos da nova geração. Eu não posso me conformar com esta regressão da frente da desesperança. Então eu saí, ligou procurar uma outra estrutura partidária que eu ainda não defini qual seja

Esmael Morais (Blog do Esmael): Requião, então a sua saída do PT é um alerta para o governo Lula, para o Lula e de que o caminho está errado?

Roberto Requião: Que no PT está acabando, está deixando o terceiro partir para Santo. Essa posição você retorna ao PT? Não, eu faço a minha posição. É a posição a favor da da, da população brasileira, da soberania, da evolução do país. Partido é um instrumento, não é? Eu não vejo como ele possa remeter lá amarrado. A má política no Congresso Nacional está na mão da direita, nós temos um governo de centro-direita, é um governo do Bolsonaro sem o Bolsonaro. E se você quiser que eu radicalize um pouco, são as mesmas as medidas que eles criticam que o Javier Milei faz na Argentina.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Requião, você falou que não tem um caminho ainda definido partidário, mas você saiu nas vésperas da janela, do período…

Roberto Requião: Mas não, eu não pensei nisso. Eu saio quando vi que o PT não era mais um instrumento de transformação no Brasil nesse momento. Agora? Claro que tem gente maravilhosa, tem quadros incríveis, mas o partido está atrelado a este jogo da extrema direita, da centro-direita no momento, que prejudica o Brasil numa forma dura.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Curitiba poderá assistir o Requião candidato a prefeito?

Roberto Requião: Não tenho nem partido.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Você está no prazo [de filiação para se candidatar, até 6 de abril]…

Roberto Requião: Não, não é a minha intenção. Estou mais preocupado com o Brasil. Exatamente. Eu já fui prefeito por si só. Para você lembrar a folha de São Paulo, que eu considerava como melhor perder do Brasil em cima dessa avaliação? Que eu fui governador do estado. Tem gastar dinheiro numa campanha extremamente ágil em cima do que quiser na prefeitura da cidade.

Esmael Morais (Blog do Esmael): O teu filho, Requião Filho,o continua deputado do PT na assembleia legislativa,

Roberto Requião: Deputado do PT, senão perde o do mandato.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Então é, você vai procurar outro caminho? Provavelmente no campo da esquerda,

Roberto Requião: claro, direita, minha história não me permite fazer um avanço pela direita.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Eu pergunto isso porque eu encontrei no aeroporto Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Ele me disse que te ligou para agradecer a sua manifestação contrária a prisão dele…

Roberto Requião: Ainda mais aquela manifestação. Veja bem, o Valdemar me ligou, mas a minha manifestação foi a favor do direito brasileiro. O direto não pode ser abusado. Nós estamos tendo quase a cassação do mandato do Sérgio Moro, as fatalidades da Lava jato. O abuso em relação a uma pessoa, é uma ameaça a todos nós. Eu quero que a justiça aja conforme a lei. O que fizeram com a prisão do Valdemar Costa Neto foi um absurdo. Eu não estou defendendo o Valdemar Costa neto. Eu estou dizendo que é um absurdo a medida do ponto de vista do direito brasileiro, afinal, eu sou advogado.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Uma eventual prisão do Bolsonaro também seria um abuso do direito?

Roberto Requião: Agora, não sei. Depois dessa tentativa de fuga pela embaixada da Hungria e tudo mais, eu acho que até agora me parecia que era desnecessária a prisão e a avanço processo. Mas depois desta tentativa, eu já não sei o que eu poderia dizer. Mas deve ter um problema político da mobilização da direita no Brasil e pode amarrar as mãos do judiciário nesse momento.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Se o Requião fosse candidato à prefeito, qual seria a proposta?

Roberto Requião: a mesma que eu já fiz. Eu teria uma frota pública de ônibus. Eu teria como tive no passado a tarifa mais barata do Brasil. Eu criaria, recriaria, restabeleceria em plenitude essas administrações regionais. Eu inaugurei creche para que as famílias mais pobres pudessem pôr os seus filhos enquanto as mães trabalhavam, lembra? Uma creche por semana, a minha administração, eu definia pesadamente na saúde pública e nos bairros. O [Jaime] Lerner foi um prefeito correto. Ele era meu amigo pessoal e adversário político. Ele não tinha sensibilidade social, ele era um arquiteto urbano, que embelezou a cidade. Mas ele esqueceu as pessoas nas periferias, solidariedade com os mais pobres. Eu fiz isso. Eu fiz uma administração que manteve a qualidade de Curitiba, que é uma maravilha. Então fica mais com Greca. Hoje o Greca cuida da cidade no tempo, mas a periferia está abandonada. Ele não pensa nas famílias, não pensamos pobres, não pensamos emprego. Então tem que dar um conteúdo a isso. Então, quero um candidato a prefeito que apresentem uma proposta, o que vai fazer com o transporte coletivo, que vai fazer com a saúde, que vai fazer com a educação. Eu criei escolas em tempo intergral. Quando as integrais na periferia toda? Em tempo integral, para que os mais pobres tivessem. A qualidade de ensino e os mais ricos têm por que podem pagar. Inclusive é uma instituição privada. Eu queria uma belíssima administração que me levou outro mesmo por 3 vezes. Agora eu estou vendo hoje que é uma negociata que estão fazendo. Vamos fazer uma Aliança com fulano, que é do partido socialista brasileiro, mas na partido socialista nos apoia. Nenhum. Outros estados estão entregando o Curitiba para alguns favores partidários em outros lugares. Ou entregar o Paraná também para entregar um pedaço em vez do pedágio no Paraná foi o Lula. E o ministro dele, filho do Renan, declara que é um exemplo para o Brasil. É uma barbaridade, é uma estupidez. É uma irracionalidade absoluta que o pessoal está vendo agora. Mais 15 praças e preços rigorosamente absurdos, o povo paga por uma obra que provavelmente poderá acontecer mais na frente. Nós temos certeza nenhuma de ir e de repente me aparece alguns companheiros do PT e de ao mais novo governo do Lula. O PT melhorou o pedágio. Como é possível que seja melhor? É piora. E o Lula comigo nos palanques aqui, dizia. Vou ganhar a eleição em uma praça de pedágio no Paraná. Não custará mais que 5 reais. Veja, não fui eu que disse, foi ele. Eu propunha outro tipo de racionalidade. Nunca disse que custaria 5 reais. Na atual conjuntura, me parece meio impossível, mas o Lula declarou e de repente ele dá a mão para o Ratinho, faz uma entrevista paralela com rato e metem no Paraná esse raio de pedágio. Apoiam a venda da Copel? Estão patrocinando a lenda da Sanepar. É exatamente tudo aquilo. E eram as nossas bandeiras de luta há anos contra o domínio da direita em Curitiba e no estado.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Eu entrevistei o ex-governador Beto Richa (PSDB), em Brasília, e ele me disse que está preparando uma mortadela e um pão para vir aqui fazer uma visita para você. E você também disse que está curtindo o vídeo do Beto Richa na internet.

Roberto Requião: Isso foi uma safadeza, uma molecagem sua, né? Você pôs inclusive no Twitter tudo isso. Eu disse, a você, é que ele está fazendo um vídeo muito bem-feito com o lançamento da sua candidatura a prefeito, mas a administração do Beto Richa foi um desastre do ponto de vista da cidade, do emprego, das pessoas e tudo mais. Então, não há nenhuma condição de me aproximar do Beto Richa. Na minha administração da prefeitura, as escolas eram pagas e construídas, porque eu nunca paguei escola e não entreguei.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Então é só o vídeo que está fazendo bem-feito?

Roberto Requião: Ele está fazendo muito bem-feito. Ao mesmo tempo, os nossos companheiros da frente da Esperança estão fazendo um acordo em troca de apoio do partido socialista, o partido socialista, presidido por um sujeito [Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB] que diz que a Petrobrás deve pagar o máximo para os seus investidores e manter os combustíveis apreços rigorosamente absurdos internamente no Brasil. Estão roubando a população com preço do combustível para gerar lucro para uma minoria. Contra o desenvolvimento do país? É uma irracionalidade absoluta. Então você veja, como é que eu poderia ficar PT e na frente da desesperança? Apoiando o pedágio que eu combati, sempre, apoiando a venda da Copel, a venda do Porto Paranaguá, apoiando a privatização da Sanepar? Nós estamos conversando aqui, a imprensa nem noticia que a Sanepar está sendo privatizada com apoio do BNDES. Então, absurdos completos e veja essa CLT, direito dos trabalhadores, que seriam restituídos. Não, absurdos. Eu não proponho a volta deles [absurdos], mas os direitos têm que ser garantidos. O Lula disse esses dias que trabalhador não quer mais a CLT. Que que é isso que está acontecendo, minha gente? Do ponto de vista ético, moral, não participo desta burla. Eu citei Manuel Castells. Ele cita uma pesquisa no Estados Unidos e no Brasil. No Brasil, 73% pessoas não acredito mais que os políticos repitam no mandato. Depois dele, o que interna acompanha o Estados Unidos é 82. Daí surja caliber do mandato imperativo dentro de qual italiano? O jeito é eleito com uma porta para um sindicato, ele escreveu o que causa ele ele não cumprir o compromisso dia para comandar, perder ele negociar pessoalmente, ele pode ter retirado e a base substitui uma temperatura era interessante.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Requião, se Ducci não é o caminho, a candidatura própria do PT não vai prosperar, e qual é o caminho de Curitiba? É Requião, você pensa, voto nulo?

Roberto Requião: voto nulo o PT propôs contra pra mim e eu ganhei a eleição. Eu ganhei a eleição e coloquei parte do PT para dentro da prefeitura. Bons quadros. Time de primeira, Samek, outros. Eu não faço negócio com a política, eu atendo os interesses da cidade.

Esmael Morais (Blog do Esmael): O candidato do Greca [Eduardo Pimentel, do PSD] é uma opção?

Roberto Requião: Eu acho que não. Porque ele vai ser a repetição do Greca.

Esmael Morais (Blog do Esmael): Você elogiou o Greca, agora, que o Greca está cuidando bem da cidade…

Roberto Requião: Eu constatei que ele está cuidando bem da cidade. Olha a rua da frente da minha conta do centro. A uma qualidade em político que está na encontra em outra cidade brasileira, vai Recife para ver como é que está a administração agora. Ele não se preocupa com os mais pobres, com o povo, desenvolvimento, emprego. Uma característica dele era do Lerner também. Mas a cidade não está mal cuidada? O PT vai propor o quê? Uma candidatura identitária? P

Esmael Morais (Blog do Esmael): o MDB é uma possibilidade de voltar?

Roberto Requião: não, o MDB acabou. Eu acho que o PT está acabando também, com gente muito boa.

Esmael Morais (Blog do Esmael): E o Valdemar, do PL?

Roberto Requião: Sei lá o que que é isso?

Esmael Morais (Blog do Esmael): Certeza?

Roberto Requião: Eu não tenho a menor ideia do seja o PL…

Esmael Morais (Blog do Esmael): Eu quero agradecer muito a sua disponibilidade, falar aqui com o Blog do Esmael, também na suas redes, nas minhas redes, agradecer muito audiência nossa, que éuma Transmissão multicanais em várias plataformas – e no Blog do Esmael. E no Quero dizer que o tempo está franqueado para você agradecer à sua audiência e à minha.

Roberto Requião: Fundamental é que o partido é um instrumento de luta política. Quando ele deixa de ser um instrumento das transformações para a melhoria do povo, valorização das pessoas, oferecimento de trabalho e de salário perde o sentido. É lamentável para mim que o PT esteja se transformando. Eu insisto, tem gente boa. Mas essa história do partido no poder, de carginhos, as possibilidades de emprego para quem mantém todo mundo coeso, esquece a perspectiva do interesse público. Por isso eu me afastei. Agora eu continuar apoiando o governo federal no que achar positivo. Eu já disse a vocês que aprecio a conduta do Lula na política Internacional. As críticas que ele faz ao genocídio, em Gaza, por Israel. Acho que aí não temos muito reparo a fazer. Aí se aliou à direita no Paraná. O Lula é aliado do Rato no Paraná, com tudo que nós combatemos nos últimos 40 anos.

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