Operação de desocupação de acampamento bolsonarista no DF é realizada pela PM e Exército

Militares da Polícia do Distrito Federal e do Exército se concentram em frente ao Quartel-General da Força Armada na capital do país na manhã desta segunda-feira para desmontar o acampamento bolsonarista instalado no local desde 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições.

A desmobilização é uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que exigiu a desocupação da área em até 24 horas após os atos de vandalismo registrados no domingo contra as sedes dos Três Poderes.

Por enquanto, os militares ainda não entraram no acampamento, pois muitos bolsonaristas têm deixado o local voluntariamente, levando itens pessoais como malas e colchões. Investigações apontam que os grupos acampados em frente ao QG do Exército tiveram ligação com atos terroristas em 12 de dezembro e uma tentativa de atentado próximo ao Aeroporto de Brasília no mesmo mês.

Lula interverio na Polícia do DF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou a intervenção federal do Distrito Federal, em respostas aos atos antidemocráticos que invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília na tarde de domingo (08/01).

A ordem vale até 31 de janeiro e nomeia Ricardo Cappelli para o cargo de interventor.

O interventor, de acordo com o decreto, “fica subordinado ao Presidente da República” e poderá requisitar apoio de “quaisquer órgãos, civis ou militares, da administração pública federal”.

Economia

Moraes suspende Ibaneis Rocha por 90 dias como governador do DF

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, decidiu na madrugada desta segunda-feira que Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, deve ser afastado do cargo pelo período inicial de 90 dias.

Essa medida foi tomada após atos terroristas cometidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que causaram destruição na Praça dos Três Poderes, incluindo invasões às sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.

Moraes atendeu ao pedido da Advocacia-Geral da União “devido à prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras”. Na decisão, o ministro afirma que “a omissão e a conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram evidentes pela falta de policiamento necessário, especialmente do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal”.

Além disso, para Moraes, considera-se omissão a autorização para mais de 100 ônibus entrarem em Brasília, após anúncios em grupos bolsonaristas de que pretendiam “praticar atos violentos e antidemocráticos”. Também é citada “a total inércia no encerramento do acampamento criminoso em frente ao QG do Exército, no Distrito Federal, mesmo quando era evidente que o local estava infestado de terroristas, cujas prisões temporárias e preventivas foram decretadas”, diz Moraes na decisão.

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