Globo e Folha buscam uma “tapioca” para combater o governo Lula III

Mais cedo o Blog do Esmael mostrou que a Folha começou um “terrorismo político” contra o governo Lula, que estreou há apenas uma semana, bombardeando a ministra Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), relacionando-a com milicianos do município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

O Globo, jornal carioca, também entrou nessa gincana contra o governo Lula.

Para o jornalão da família Marinho, que controla a Rede Globo, a ministra do Turismo está sob fritura [sic] e minimiza o papel do casal Waguinho na vitória eleitoral de Lula.

Globo e Folha buscam uma “tapioca” para o combater o governo Lula em nome do mercado financeiro, isto é, especuladores e sanguessugas do sistema financeiro. A velha mídia corporativa faz parte desse complexo anti-Brasil por meio de propriedades cruzadas de veículos de comunicação e bancos/fundos de investimentos.

Em 2011, o governo Dilma Rousseff (PT) errou ao adotar a doutrina de seu marqueteiro João Santana. Ele orientou a então presidente a ser a “faxineira”, que cortava sumariamente a cabeça de ministros suspeitos de malfeitos. Bastava uma fake news surgisse nas páginas dos jornalões.

O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB) e Carlos Lupi (PDT) – que ocupava o Ministério do Trabalho – foram duas das dezenas das vítimas da velha mídia e da afiada guilhotina da petista.

Economia

O esquema funcionava assim: os jagunços da velha mídia atiravam e Dilma terminava o “serviço” demitindo os ministros sem direito ao contraditório pleno.

Para se ter ideia da carnificina, dos 38 ministros empossados quando Dilma assumiu em 2011, só três permanecem nos postos originais. A alta rotatividade no ministério da petista foi um campo fértil para aprovação do processo de impeachment em 2016, que também é chamado de golpe.

Dilma Rousseff demitiu, substituiu ou aceitou a demissão de 86 ministros durante seus dois governos, o que denota grande instabilidade política. Isso deixou seu governo com os pés de barro.

No entanto, o governo Lula III parece não estar disposto a cair na armadilha da velha mídia corporativa. [Parece.]

Na primeira reunião com todos os 37 ministros, na sexta-feira (06/01/2022), Lula jurou de pés juntos que não deixará ministros ‘no meio da estrada’, ressalvando que quem fizer algo ‘errado’ será convidado a se retirar.

“Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada, não deixarei nenhum de vocês. Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram indicados pelas organizações políticas que vocês pertencem, e eu respeito muito isso”, prometeu o mandatário.

O caso Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, será o teste de resistência do presidente Lula.

A Folha jacta-se do poder da imprensa para derrubar ministros e o histórico mostra que os demais jornalões vêm juntos no linchamento político porque eles professam a mesma opinião e têm o mesmo chefe: o diabólico mercado, qual seja, bancos e especuladores.

Caso Lula fraqueje e o Partido da imprensa Golpista (PiG), como dizia Paulo Henrique Amorim, derrube a ministra do Turismo, pode deixar a pergunta pronta: qual será o próximo ou próxima a cair no governo? A conferir.

Sobre o escândalo da tapioca

Em 2007, o então ministro do Esporte Orlando Silva pagou uma tapioca no valor de R$ 8,30 (oito reais e trinta centavos) com o cartão corporativo do governo federal. Para a velha mídia golpista, isso era imperdoável – por mais que Silva dissesse que houve um engano e o valor fora restituído integralmente [R$ 8,30] ao tesouro.

A história da tapioca foi o pretexto para uma nova campanha do PiG contra Orlando Silva, que quatro anos mais tarde foi alvo de denúncias [nunca comprovadas] de envolvimento em desvios de verbas em sua pasta. A artilharia começou com uma entrevista de um policial militar à revista Veja.

Dilma Rousseff, então presidente, não perdoou as denúncias não comprovadas e a situação de Orlando ficou insustentável no governo.

LEIA TAMBÉM