O “plano perfeito” de Ratinho Junior, segundo o Garganta Profunda – informante do Blog do Esmael

Garganta Profunda do Palácio Iguaçu é um cara legal, que informa tudo sobre o submundo e os corredores do governo do Paraná. A última dele foi sobre o “plano perfeito” de Ratinho Junior (PSD) acerca do futuro político imediato do mandatário [leia-se as eleições de 2026].

Ratinho Jr. avisou no início de novembro passado, após o segundo turno, que não concorrerá ao Senado e que almeja a cadeira do presidente Lula no Palácio do Planalto. Na pior das hipóteses, disse ele a deputados de sua base na Assembleia Legislativa, será vice-presidente da República. [O Blog do Esmael mostrou isso em primeira mão no dia 8 de novembro de 2022.]

O “plano perfeito” de Ratinho, segundo o Garganta Profunda, informante do Blog do Esmael, passa pela nomeação do novo diretor-geral de Itaipu Binacional.

O governador do Paraná estaria disposto a uma “frente ampla” no estado com o PT, desde que não seja com Roberto Requião, no comando da segunda maior usina hidrelétrica do mundo e seu “potencial energético” com capacidade de investimentos superior ao do mandatário estadual. [Você soube primeiro no Blog do Esmael, em 5 de novembro de 2022.]

Ratinho Junior mandou sinais a bombordo de que, na pior das hipóteses, concorreria a uma das duas vagas ao Senado. Ou seja, sobraria nesse “grande acordo” uma cadeira ao Senado e outra de governador do Paraná.

“Por que não o PT?”, especula Garganta Profunda, ao relatar conversas ouvidas nos corredores do Palácio Iguaçu – sede do executivo estadual paranaense.

Economia

Esse seria o “queijo” enviado por Ratinho Junior para adversários juramentados desde que ele, o governador, perdeu a eleição de 2012 [Prefeitura de Curitiba] para Gustavo Fruet (PDT) com a ajuda dos petistas. No entanto, o mandatário estaria disposto a esquecer as caneladas que levou dos companheiros naquela peleja eleitoral.

É certo que azedou o arroz doce entre Requião e algumas figuras do PT [também exclusividade do Blog do Esmael], porém, isso ainda está muito longe de um rompimento político. O próprio Lula tem repetido como se fosse um mantra que o ex-governador é um dos poucos que tem autoridade para criticá-lo e que gostava de graça do político paranaense.

Lula afirmou ainda que trata o ex-governador do Paraná com deferência porque Requião tem o coração mais mole que a língua. ‘De vez em quando, ele pode até falar mal de mim’, autorizou o petista.

Ocorre que a disputa pelo comando da Itaipu é uma guerra híbrida, que mescla táticas de guerra política, guerra convencional, guerra irregular, e ciberguerra com outros métodos de influência, tais como desinformação (fake news) – e tiros dentro da mesma trincheira.

O diabo é que o “plano perfeito” de Ratinho Junior precisará passar pelo crivo de Lula e do PT, como um todo, e, mais adiante, carecerá ainda de combinação com os eleitores paranaenses. “Ou não?”, como questionaria Caetano Veloso.

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