O PIB foi revisado para 3% em 2022, diz o IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o crescimento em 2022 do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços finais produzidos no país – passando de 2,9%, percentual divulgado anteriormente, para 3%, uma diferença de 0,1 ponto percentual (pp).

A revisão foi divulgada nesta terça-feira (5/12), no Rio de Janeiro, juntamente com os resultados do terceiro trimestre de 2023.  

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou cética que o resultado do PIB não muda em nada o crescimento do ano que vai bater os 3%.

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“Bem acima do que estava previsto”, disse a dirigente petista, ao analisar que “poderia ser melhor nesse último trimestre se o Banco Central acelerasse a queda dos juros”.

“Enquanto a inflação caía, a selic ficou segurando a economia. Campos Neto precisa assumir a responsabilidade do BC e contribuir mais”, cobrou Gleisi.

Economia

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a diferença pode ser explicada pela mudança de pesos do Sistema de Contas Nacionais, realizada a partir de novos dados.

“A gente reestimou os quatro trimestres de 2022 já com a revisão de todos os dados primários usados frequentemente, como a pesquisa industrial mensal e a de serviços, dados externos financeiros, de seguros e de saúde e também as pesquisas estruturais anuais da parte da agropecuária”, disse.

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Segundo o IBGE, na divulgação do terceiro trimestre de cada ano, as Contas Nacionais Trimestrais têm a rotina de fazer uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de dois anos anteriores.

É nesse momento, segundo o órgão, que são incluídas nas séries trimestrais as atualizações nas séries de dados adotadas e, se for o caso, aperfeiçoamentos metodológicos.

As séries das Contas Nacionais Trimestrais foram revisadas após a divulgação dos resultados anuais definitivos para o ano de 2021 da série do Sistema de Contas Nacionais, tendo como referência 2010.

“Nesse período quando a gente faz uma revisão maior da série, baseada nas contas que divulgamos no começo de novembro das Contas Nacionais Anuais, que hoje em dia são considerados, para a gente, como definitivas a partir de 2021 e a partir delas, a gente recalcula o ano de 2022 nos quatro trimestres e recalcula os dois primeiros de 2023”, avaliou Rebeca Palis, acrescentando que, com os dados já revisados, o IBGE calcula o terceiro trimestre do ano.

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Segundo a coordenadora, a principal revisão de 2022, pelo lado da oferta, foi que a indústria e os serviços praticamente não tiveram revisão.

No entanto, na agropecuária houve uma diferença significativa. O recuo passou de 1,7% para 1,1%.

“A maior revisão foi uma queda menor da agropecuária, exatamente porque a gente saiu das pesquisas trimestrais e já colocou as pesquisas estruturais. Isso deu uma diferença, a queda diminuiu em 0,6 ponto percentual”, revelou.

Na parte da demanda o que mais variou foi o item  despesas de consumo do governo, que, conforme explicou Rebeca, tem a ver com dados de saúde. Essas despesas saíram de 1,5% para 2,1% com a revisão.

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“Se a gente pegar os dados de saúde pública do DataSUS, [o setor] ele tem feito umas revisões grandes nos dados para trás. A gente pegou os últimos dados e deu uma revisão para cima de 0,6 pp”, completou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o crescimento de 3% nesse ano [2022].

“O Banco Central começou a cortar a taxa de juros. O Congresso Nacional aprovou a Reforma Tributária. O povo brasileiro vai ter orgulho da melhora da economia”, enumerou ele.

Com informações da Agência Brasil

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