Agrava a situação do ex-ministro de Bolsonaro preso por participação em 8/1; Anderson Torres pode aderir à delação premiada

Preso há 80 dias, ex-ministro da Justiça estaria estudando a celebração de delação premiada para abreviar cadeia

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ainda preso, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por seu suposto envolvimento nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Segundo informações obtidas pelo portal G1 e confirmadas pelo Blog do Esmael, Torres havia ido pessoalmente à Bahia pedir apoio da PF para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a fim de interferir no fluxo de eleitores durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Os investigadores afirmam que isso fazia parte de um plano para obstruir a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha forte apoio no estado.

O relatório dos investigadores também destacou que o movimento de enviar Torres para a Bahia fazia parte da tentativa do antigo governo Bolsonaro de pressionar a PF a favorecer o então presidente com o uso do aparato federal. A PF, como polícia judiciária, tem como uma de suas missões a investigação de crimes, enquanto a PRF é uma polícia mais ostensiva que patrulha principalmente as rodovias.

Segundo os investigadores, Torres tinha conhecimento do mapa do país onde Lula era mais popular e foi enviado para colocar em prática o plano de campanha de Bolsonaro de usar o PRF para fins políticos no dia do segundo turno da eleição. Naquele dia, o PRF realizou diversas operações e bloqueou veículos que transportavam eleitores pelo país, a maioria em estados do Nordeste, redutos de Lula.

Torres foi para a Bahia sem agenda ou agendamento prévio, e foi um dia depois de seu envolvimento no polêmico caso de Roberto Jefferson, que recebeu a tiros agentes da PF que tentavam prendê-lo no interior do Rio de Janeiro . A visita de Torres à Bahia foi vista com desconfiança pelos dirigentes da PF, e ele estava acompanhado do então diretor-geral da PF, Márcio Nunes.

A investigação mostra que a atitude de Torres pode ter contribuído para o agravamento da situação dele, que já está preso por envolvimento nos atentados de 8 de janeiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já pensa jogar fora as chaves da cela onde está encarerado há 80 dias o ex-ministro bolsonarista. No entanto, informações obtidas pelo Blog do Esmael, em Brasília, Anderson Torres estaria estudando a celebração de delação premiada para abreviar sua passagem pela Sala de Estado Maior no 4º Batalhão da PM, no Guará, ou seja, na prisão.

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