Funcionários de escola e demais servidores receberão apenas 5,79% da Data-Base
No sábado, dia 1° de abril, em homenagem ao governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), a categoria dos educadores realizou uma assembleia para discutir a proposta do mandatário estadual em relação ao piso salarial e à data-base dos profissionais da educação. De acordo com o anúncio feito pelo Palácio Iguaçu no dia 31 de março, será concedido um reajuste de 13,25% para todos os professores, PSS e efetivos, na ativa e aposentados. Esse percentual representa a diferença entre o salário básico da classe 1 da Licenciatura Plena e o Piso Nacional do Magistério, que é de R$ 4.420,55 para 40 horas trabalhadas.
Porém, os funcionários de escola e demais servidores receberão apenas 5,79% da Data-Base, que contempla a inflação acumulada em 2022, mas deixa de fora as perdas salariais acumuladas desde 2016. Ou seja, a propaganda é uma coisa e a realidade é outra totalmente diferente.
Segundo a APP-Sindicato, o anúncio do governo é insuficiente diante da dívida que o Estado tem com os servidores, que é de 42% de defasagem salarial. Além disso, os educadores discordam do índice proposto pelo governo, que consideram muito baixo e com prazo de pagamento para agosto, enquanto a data-base é em maio.
Diante dessa situação, a categoria dos educadores promete continuar pressionando o governo para que o mesmo pague o que deve aos servidores. A proposta de Ratinho Jr. será enviada para a Assembleia Legislativa, por meio de um projeto de lei, o que deve ocorrer em julho. Os reajustes devem começar a ser pagos a partir do mês de agosto, segundo o governador do estado.
Concurso para professor para inglês ver
Não é somente por isso – salário arrochado – que os professores, os educadores, ficaram pistola com o governador Ratinho Jr.
O edital para o novo concurso para professores também gera críticas ao governo do Paraná. Eles pedem a alteração das regras do certame público da rede estadual de ensino.
Para os profissionais da educação, o número de vagas oferecidas, 1.256, é insuficiente para atender a demanda da rede, que conta atualmente com mais de 20 mil profissionais contratados por meio do Processo Seletivo Simplificado (PSS).
Segundo a APP-Sindicato, o governo precisa aumentar o número de vagas e abrir concurso público para todos os cargos existentes, dando condições para que todos os professores que estejam em regime de contrato temporário possam ingressar e progredir na carreira após os três anos período probatório.
Além disso, a categoria reivindica que o governo corrija o salário inicial proposto para os professores no concurso público. De acordo com o sindicato, o valor estabelecido no edital é inferior ao piso salarial nacional previsto na Lei Federal.
Para que o leitor tenha ideia, a educação básica paranaense está presente em 2,1 mil escolas em todo o estado. Esses 1.256 educadores significam 0,6 profissionais por estabelecimento de ensino [menos de um!], enquanto a educação ficou 10 anos sem concurso público. Na prática, a maioria absoluta das escolas continuarão sem professor concursado.
Resumo da ópera: o concurso de Ratinho Jr. para contratação de professor é mais para inglês ver, como diz o velho ditado português.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Lamentável como o governo vem tratando os professores. 42% acumulado de reposição inflacionária. Descumpre a lei da data base e fica por isso mesmo. Os professores estão trabalhando dobrado para recuperar as perdas de ensino em decorrencia da pandemia.
Os professores precisam serem tratados com dignidade pelo governo.
Só estão pedindo o que é de direito.
Como dizia o ex governador Requião. O que esperar de uma ratazana? Esse cidadão nega as próprias origens. Ignora a importância de educação , acha e paga a mídia para dizer que a educação do Paraná é modelo para o Brasil. Ele parece que não sabe da importância dos professores. Só com palavras nada se constrói . Deve ter aprendido a falar barbaridades com o mico, o. ex mito, o que como deputado federal por 28 anos só era conhecido por falar e fazer asneiras.