O debate sobre a reforma do ensino médio no Brasil tem sido intenso e controverso nos últimos seis anos. O ex-presidente Michel Temer, em 2017, sancionou a lei que estabelece uma nova estrutura para o ensino médio, que foi duramente criticada por diversos setores da sociedade, principalmente pelos estudantes e professores.
Agora, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a nomeação de Camilo Santana como ministro da Educação, nas vésperas dos 100 dias de gestão, a campanha pela revogação do Novo Ensino Médio ganhou impulso. Segundo os críticos, a reforma detona a atividade de pensar com a diminuição das disciplinas de História, Filosofia, Sociologia e Geografia nos currículos das escolas da educação média do país.
Para entender melhor a controvérsia, é preciso examinar as mudanças propostas pelo Novo Ensino Médio. A reforma ampliou a carga horária de de 2.400 para 3.000 horas horas anuais, com a flexibilização do currículo. Isso significa que, os alunos escolhem parte das disciplinas que desejam estudar, de acordo com seus interesses e aptidões.
Nesse contexto, o bloco História + Filosofia + Sociologia + Geografia é eletivo, isto é, o aluno vai escolher cursar ou não a área de Ciências Humanas e Sociais.
Educadores e ativistas do movimento estudantil chamam atenção, ainda, para o fato de que a liberdade e a qualidade das escolhas dependem das condições reais das redes de ensino e das escolas, e na prática, estudantes da rede pública tiveram o currículo desidratado e ou estão sem opções, ou não têm opções adequadas à disposição.
Além disso, a reforma também impõe uma nova estrutura para as disciplinas obrigatórias. Em vez de serem estudadas de forma isolada, elas são agrupadas em áreas de conhecimento, como linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Com isso, esperava-se que o ensino fosse mais integrado e contextualizado.
No entanto, os especialistas afirmam que a reforma é prejudicial para a formação dos estudantes. Segundo eles, a diminuição compulsória das disciplinas de História, Filosofia, Sociologia e Geografia dos currículos limita a capacidade dos jovens de refletir criticamente sobre a realidade e compreender a complexidade social, política e cultural do país.
Além disso, muitos professores também se opõem à reforma, argumentando que ela foi imposta sem uma ampla consulta pública e que não leva em conta as condições precárias das escolas e a falta de recursos e infraestrutura para implementar as mudanças.
Diante desse cenário, diversas entidades ligadas à educação, como a UBES, CNTE, UNE, Campanha Nacional pelo Direito à Educação e APP-Sindicato, têm se mobilizado para pressionar o governo a revogar o Novo Ensino Médio e promover um amplo debate sobre a reforma do ensino no país.
Portanto, a revogação do Novo Ensino Médio é um tema complexo, mas relevante porque envolve interesses e perspectivas divergentes sobre o papel da educação na formação dos jovens e na construção de uma sociedade mais justa e democrática. É preciso que o governo Lula e a sociedade civil promovam um amplo debate sobre a reforma do ensino, levando em conta as demandas e preocupações dos diversos setores envolvidos, qual seja, que determine o fim da reforma do golpista Temer.
O Blog do Esmael é solidário com a educação brasileira e por isso faz deste texto um ‘Manifesto Pela revogação do Novo Ensino Médio que já nasceu velho’ como exigem professores e estudantes das 30 mil escolas existentes no país.
Por fim, essa reforma de Temer, que sarcasticamente é chamado de “novo”, lembra muito o filme ‘O Curioso Caso de Benjamin Button‘ em que a personagem de Brad Pitt já nasce velho.
Entenda o que é Novo Ensino Médio
O Novo Ensino Médio é uma reforma educacional sancionada pelo ex-presidente Michel Temer, em 2017, que prevê mudanças na estrutura e na organização curricular do ensino médio brasileiro. A reforma tem como objetivo principal tornar o ensino médio mais flexível e integrado, buscando melhorar a qualidade do ensino e aumentar o interesse dos estudantes.
Entre as principais mudanças estão a ampliação da carga horária, a flexibilização do currículo e a possibilidade de os alunos escolherem parte das disciplinas que desejam estudar, de acordo com seus interesses e aptidões.
No entanto, a reforma tem sido alvo de críticas por parte de diversos setores da sociedade, especialmente por estudantes e professores, que alegam que as mudanças podem comprometer a formação dos jovens e prejudicar a qualidade do ensino.
No próximo dia 19 de abril, em todo o Brasil, haverá manifestações de professores e estudantes pela revogação do Novo Ensino Médio.
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“Salve o novo ensino médio” nota-se que não usa filosofia pra nada mesmo.
No meu ensino médio fui obrigado a estudar filosofia e não uso até hoje para PORRA NENHUMA.
TIVE QUE FAZER CURSINHOS PARA MELHORAR MINHA MATEMÁTICA E FÍSICA.