Nos últimos dias, as redes sociais foram palco de debates acalorados e manifestações intensas em torno de Ricardo Cappelli, Secretário Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Cappelli é conhecido por suas posições firmes e declarações polêmicas, e seus dois tuítes recentes provocaram ainda mais polarização política no país.
No primeiro tuíte, Cappelli expressou uma visão preocupante sobre as divisões sociais e regionais no Brasil. Ao mencionar várias polaridades, como Sudeste versus Nordeste, civis versus militares, desenvolvimento versus sustentabilidade, brancos versus pretos e evangélicos versus religiões de matriz africana, ele alertou para a presença do fascismo e de forças estrangeiras que buscam desunir o país. Sua afirmação contundente foi de que “nada é mais revolucionário do que unir novamente o Brasil”.
Essa declaração assertiva gerou muitos debates nas redes sociais, com apoio e críticas fervorosas. Os defensores de Cappelli argumentam que sua mensagem busca promover a união e combater as divisões que têm permeado a sociedade brasileira. Por outro lado, seus críticos de extrema direita o acusam de simplificar demais a complexa realidade do país, ignorando questões históricas, econômicas e sociais que sustentam essas divisões.
Em seu segundo tuíte polêmico, Cappelli direcionou sua crítica ao senador Marcos do Val, do partido Podemos, representante do estado do Espírito Santo, que usa um broche falso da SWAT (unidade especializada da polícia norte-americana). Segundo Cappelli, o parlamentar vive de fantasias, mentiras e agressões.
Essa referência específica intensificou ainda mais as reações nas redes sociais. Os defensores de Marcos do Val juram que ele é um político comprometido com a segurança pública e que usa símbolos como o broche da SWAT para demonstrar apoio às forças de segurança. Esses críticos veem a manifestação de Cappelli como uma tentativa de deslegitimar a atuação do senador capixaba, acusando-o de disseminar desinformação e adotar comportamentos agressivos. No entanto, o saldo é mais negativo para do Val…
Ao mencionar figuras históricas como Ruy Barbosa, Luis Carlos Prestes, Teotônio Vilela, Mário Covas e João Mangabeira em seu tuíte, Cappelli faz uma comparação entre a conduta inadequada de Marcos do Val e o legado desses importantes nomes da história política brasileira no Senado. A insinuação de que o senador será “devidamente processado” revela uma postura de confronto e um possível desejo de buscar responsabilização legal pelas “mentiras” e “delírios” do senador Marcos do Val.
Diante dessas manifestações, a chamada “Doutrina Cappelli” se apresenta como uma visão política polêmica e marcada por um tom combativo. Seus apoiadores veem as palavras de Cappelli como corajosas, desafiando as divisões e defendendo a união nacional. Essas marcações no discurso do secretário executivo têm balizado a atuação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e, consequentemente, do ministro Flávio Dino.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
O do Val já deveria estar preso e seu mandato casado, por estar envolvido em 08/01/2023.