Disputa pela prefeitura de Curitiba se torna previsível sem Deltan Dallagnol: análise exclusiva

Nos bastidores da política de Curitiba, a cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos) e sua consequente inelegibilidade estão mudando o cenário da disputa pela Prefeitura nas eleições de 2024. O protagonista da finada Lava Jato, assim como seu parceiro de força-tarefa, o ex-juiz Sergio Moro, senador pelo União, também enfrenta o risco de ser cassado pela Justiça Eleitoral, o que torna a corrida política da capital paranaense bastante previsível no próximo ano.

No dia 16 de maio, por decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou Deltan Dallagnol por fraude à lei, enquadrando-o como ficha suja. Enquanto isso, Sergio Moro ainda será julgado pelo TRE-PR por crimes de caixa dois e abuso do poder econômico. A expectativa é que o ex-juiz também seja punido no tribunal a quo ou no TSE.

Com a iminente cassação de Moro, os principais atores políticos de Curitiba, conhecidos como luas-pretas, que frequentam a Boca Maldita e o Centro Cívico, já vislumbram uma eleição suplementar para o Senado como o próximo foco de suas estratégias.

No campo governista, liderado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e pelo prefeito Rafael Greca (PSD), tudo indica que o ex-deputado Paulo Martins (PL), segundo colocado na disputa pelo Senado em 2022, seja o candidato escolhido.

Sem a presença de Paulo Martins na corrida pela Prefeitura de Curitiba, o nome natural do oficialismo seria Eduardo Pimentel (PSD), atual vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades.

Por outro lado, a esquerda, agora no governo federal, enfrenta uma situação mais desafiadora e desorganizada.

Economia

Em uma eventual eleição suplementar para o Senado, pelo menos três nomes despontam no PT: Gleisi Hoffmann, Zeca Dirceu e Requião Filho.

Já para a Prefeitura de Curitiba, os petistas também estão divididos com as presenças de Arilson “Lula da Silva” Chiorato, Carol Dartora e Tadeu Veneri.

No entanto, é importante ressaltar que ainda é necessário esperar os desdobramentos futuros, como diria Mané Garrincha, pois, se a eleição fosse hoje, a direita teria uma vantagem competitiva em relação à esquerda.

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