Você não vai acreditar no que Sérgio Moro disse a apoiadores em Curitiba; assista

O ex-ministro Sérgio Moro, em vídeo gravado a apoiadores de Curitiba, discorreu sobre o fim do discurso de ódio. Sim, logo ele, ex-juiz da Lava Jato, que estimulou a perseguição política, a prisão ilegal de Lula, o ódio ao PT e é responsável pela eleição de Jair Bolsonaro (sem partido).

Moro está em plena campanha para 2022. Ele pensa desbancar o ex-chefe que o demitiu do Ministério da Justiça no final de abril, após desavenças com a indicação do diretor da Polícia Federal.

Sérgio Moro recebeu neste sábado (11), na capital paranaense, um grupo de apoiadores ligados aos movimentos Patriotas, Curitiba contra a Corrupção e Cidadão Democrático de Direito. São grupos fundamentalistas, de extrema direita, sonham com um Brasil atrás das grades.

O Brasil tem cerca de 820 mil presos e possui a terceira maior população carcerária do mundo. Só fica atrás dos Estados Unidos e Rússia.

Moro não tem proposta de desenvolvimento econômico, haja vista que a Lava Jato, sob o comando dele, quebrou as mais importantes companhias multinacionais brasileiros. A força-tarefa é apontada como responsável pelos milhões de desempregados antes mesmo da pandemia do novo coronavírus.

O fetiche de Moro é uma tremenda furada. Há mais de 15 anos esses órgãos de persecução têm afundado a sociedade na miséria, na ignorância, e no ódio absolutos, qual seja, na deliberada e absoluta cegueira.

Economia

Em um vídeo gravado sob o pretexto de combater a corrupção e construir um País melhor, Sergio Moro repetiu o bordão de que é preciso “fazer a coisa certa sempre”, embora, como atesta a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Vaza Jato, o ex-juiz não tenha feito a coisa certa quase nunca durante sua atuação na Lava Jato.

“Só uma coisa quero pedir aqueles que me apoiam nestas causas, de não cometer os mesmos erros que algumas fazem de ingressar em discurso de ódio”, afirmou o ex-juiz, como se ele não fosse o maior disseminador de ódio contra adversários políticos e ideológicos.

“Discurso de ódio não é algo que eu apoio, não é algo que ninguém deve apoiar, é algo que apenas nos divide e nós temos que nos unir. Nós não devemos destruir, e sim construir”, completou Moro.

Assista ao vídeo:

Sérgio Moro reforça apelo de combate a corrupção e prega o fim do discurso de ódioO ex-ministro Sérgio Moro recebeu neste sábado (11), em Curitiba, um grupo de apoiadores ligados aos movimentos Patriotas, Curitiba contra a Corrupção e Cidadão Democrático de Direito.Ele aproveitou a oportunidade para gravar um vídeo agradecendo o apoio e reforçando o apelo para o combate à corrupção e a construção de um país melhor, de "fazer a coisa certa sempre", disse."Só uma coisa quero pedir aqueles que me apoiam nestas causas, de não cometer os mesmos erros que algumas fazem de ingressar em discurso de ódio", destacou o ex-juiz."Discurso de ódio não é algo que eu apoio, não é algo que ninguém deve apoiar, é algo que apenas nos divide e nós temos que nos unir. Nós não devemos destruir, e sim construir", completou Moro.Assista abaixo o vídeo

Publicado por Fabio Aguayo em Sábado, 11 de julho de 2020

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A casa caiu: Toffoli obriga Lava Jato a compartilhar todos os dados com a PGR

O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, determinou que a Lava Jato envie todos os dados de investigação da operação para a PGR.
Os procuradores de Curitiba, Rio e São Paulo se recusavam a compartilhar as informações com a Procuradoria-Geral da República, que é chefiada pelo procurador Augusto Aras.

Toffoli decidiu que a postura da Lava Jato viola o princípio da unidade do Ministério Público, além de ferir a competência do Supremo para supervisionar investigações relativas a autoridades com foro.

A força-tarefa Lava Jato vem colecionando importantes derrotas ao longo dessa pandemia do novo coronavírus. A “República de Curitiba” vem sendo tratada como um vírus a ser combatido por uma frente plural e suprapartidária.

A PGR relatou ao Supremo Tribunal Federal que vinha sofrendo “resistência ao compartilhamento e à supervisão de informações” da Lava Jato.

Dentre os argumentos da PGR, que amoleceram Toffli, estaria o fato de a força-tarefa burlar a lei para investigar autoridades da República.

De acordo com documentos analisados por Aras, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foram investigado mesmo possuindo foro de função. Tais investigações deveria ter autorização expressa do STF.

A temperatura aumentou na semana passada quando a subprocuradora da PGR, Lindora Araújo, foi a Curitiba apara obter informações da Lava Jato. Além de ser desmerecida pelos procuradores, a moça também saiu de mãos abanando da capital paranaense.

Na ação da PGR ao Supremo, Aras conta que enviou ofício à Lava Jato “com o objetivo de obter as bases da dados estruturados e não-estruturados utilizadas” pelos procuradores de Curitiba, São Paulo e Rio.

Para a Procuradoria-Geral da República, a Lava Jato “reduziu” os nomes dos presidentes da Câmara e do Senado para burlar o foro. Diante disso, Toffoli disse ser necessário impedir no nascedouro a investigação.

“Aliás, o que se busca garantir, além da preservação da competência constitucional da Corte, é o transcurso da investigação sob supervisão da autoridade judiciária competente, de modo a assegurar sua higidez”, decidiu o presidente do STF, para quem é evidente a necessidade do “imediato intercâmbio institucional de informações, para oportunizar ao Procurador-Geral da República o exame minucioso da base dados estruturados e não-estruturados colhidas nas investigações”.

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Saiba por que Gilmar Mendes pode enterrar sonho presidencial de Sérgio Moro

O Blog do Esmael registrou mais cedo que, entre agosto e setembro, o ministro do STF Gilmar Mendes irá colocar em julgamento a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

O pedido para a anulação da sentença de Moro partiu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou preso por 580 dias em virtude da condenação sofrida no caso do tríplex de Guarujá (SP).

Embora muitos não saibam, a Segunda Turma, que irá apreciar o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, é presidida desde o final de junho por Gilmar.

Por motivos óbvios, os jornalões não fizeram muita questão de reverberar a troca de comando na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. O colegiado era conduzido pela ministra Cármen Lúcia.

A vez de presidir a Segunda Turma seria do decano Celso de Mello, mas ele declinou do rodízio e então “sobrou” para Gilmar.

O decano será aposentado compulsoriamente em novembro, ao completar 75 anos, entretanto, Gilmar Mendes afirmou que faz questão de Celso de Mello nessa votação cujo placar –segundo o mundo jurídico– estaria 2 a 2.

Caso a suspeição de Sergio Moro seja confirmada e a sentença condenando Lula anulada, o cenário eleitoral pode complicar para o ‘ex-todo-poderoso’ da Lava Jato. O ex-juiz pode ser carimbado como incompetente, pois não teria agido com a diligência necessária contra o petista.

Além disso, frise-se, o custo gerado pela movimentação “inócua” da máquina estatal na persecução penal –e política– contra um ex-presidente da República “inocente” foi uma enormidade para todos nós brasileiros.

Some-se à “incompetência” –no sentido popular de “incapacidade” e “inaptidão”– o prejuízo que a Lava Jato provocou ao quebrar vários setores da economia nacional, o que contribuiu para agravar a pauperização da sociedade neste período de pandemia do novo coronavírus.

A suspeição de Moro interessa a segmentos do empresariado, ao governo, ao Congresso, ao PT e parte do Ministério Público Federal (MPF) não alinhado à Lava Jato e à “República de Curitiba”. Porém, diante da proximidade do julgamento no STF, a turma do “deixa-disso” já entrou em campo durante o recesso do judiciário que irá até 31 de julho.

O ministro Gilmar Mendes, que é o “dono da bola”, noutro momento, disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha feito ao menos duas coisas boas ao País: 1- tirar Moro de Curitiba e 2- ter demitido o ex-juiz do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Como se vê, caro leitor, não será difícil convencer Gilmar Mendes a “afrouxar a tanga” para garantir o projeto eleitoral Moro 2022 –salvo se ocorrer algo que as vistas não alcançam…