O deputado estadual Arilson Chiorato, presidente do PT do Paraná, foi incorporado ao gabinete de transição do governo Lula. Ele integrará a equipe de Infraestrutura, em reconhecimento ao seu trabalho na Frente Parlamentar Sobre o Pedágio na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
A escolha de Chiorato é uma péssima notícia para o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que sonha em reimplantar o pedágio mais caro do mundo nas rodovias do estado.
Ratinho torcia pelo presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) e, por isso, delegou as estradas paranaenses para o governo federal licitar e pedagiar os atuais 27 trechos [vencidos] com mais 15 novas praças. No entanto, essa estratégia bateu na trave com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, na campanha, prometeu tarifa com preço máximo de R$ 5.
“Com muito orgulho, alegria e compromisso, passo a integrar oficialmente a Equipe de Transição do Governo Lula na área de Infraestrutura. Este Grupo de Trabalho abrange áreas estratégicas para o desenvolvimento do Brasil, como rodovias, ferrovias e portos”, disse o parlamentar petista.
Arilson Chiorato disse ainda que, na Equipe de Transição, um de seus objetivos é discutir as concessões das rodovias, em especial, a paranaense. “Todos sabem da minha luta contra o pedágio caro e abusivo. Vamos trabalhar por um pedágio a preço justo, com segurança nas pistas”, afirmou ele.
O deputado Arilson Chiorato é uma espécie de “Tarcísio” do presidente Lula para assuntos de pedágio e infraestrutura.
Sobre a equipe de transição
A equipe técnica de transição de Infraestrutura é coordenada pela ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam Belchior.
A equipe do governo de transição do governo Lula, que tem 31 grupos técnicos, é coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin; a deputada federal e presidente do PT nacional, Gleisi Hoffmann, como responsável pela articulação política; e Aloizio Mercadante comanda a coordenação da equipe técnica.
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Saiba quem são os paranaenses na transição do governo Lula [lista atualizada]
A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem cerca de 417 integrantes, que estão distribuídos em 31 grupos de trabalho. Dentre eles, estão 134 parlamentares de treze partidos políticos.
O Blog do Esmael compilou os principais nomes de paranaenses na transição do governo Lula, os que já foram confirmados e os que ainda podem ser indicados nas próximas horas ou dias.
- Gleisi Hofmann, presidente do PT, coordenadora política da transição
- Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT, grupo de Infraestrutura
- Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, equipe assistência social
- Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, grupo comunicações
- Enio Verri, deputado federal, equipe de Orçamento e Gestão
- Aliel Machado, deputado federal, grupo do esporte
- Fernando Mezadri, professor UFPR, grupo de esporte
- Ricardo Marcelo Fonseca, Andifes/UFPR, grupo de educação
- Luiz Carlos da Rocha, advogado, grupo de Transparência, Integridade e Controle
- Manoel Caetano Ferreira Filho, advogado, grupo de Transparência, Integridade e Controle
- Juliano Breda, advogado, grupo de Transparência, Integridade e Controle
- Carol Proner, advogada, grupo Justiça e Segurança Pública
- Larissa Ramina, professora UFPR, grupo Justiça e Segurança Pública
- Gisele Ricobom, Professora da UFRJ, grupo Justiça e Segurança Pública
- Maria Helena Guarezi, professora, grupo Mulheres
- Robson Formica, movimento atingidos por barragens, grupo Minas e Energia
- Vanderlei Ziger, economia solidária, grupo Desenvolvimento Agrário
- Deputado Goura, grupo Meio de Ambiente
- Adriano Massuda, médico, grupo da Saúde
Nomes paranaenses que ainda podem ser indicados para a transição
- Jorge Augusto Kruger, advogado, Grupo Justiça e Segurança Pública
- Ricardo Gomyde, advogado, Grupo do Trabalho
- Sandro Lunard, professor UFPR, Grupo do Trabalho
- Roberto Requião, ex-governador, Grupo Minas e Energia
- Mário Milani, jornalista, grupo Comunicação Social
As indicações até agora foram feitas pelos seguintes partidos políticos: PT (53), PSD (19), PSB (12 nomes), PDT (10), MDB (9), PCdoB (7), PSOL (5), Avante (5), Rede (4), Solidariedade (3), PV (3), Pros (3) e Cidadania (1).
O coordenador da transição, vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), faz questão de ressaltar que somente 14 nomes foram efetivamente nomeados porque a maioria absoluta trabalha voluntariamente – sem remuneração.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.