A posse do novo ministro da falta de Educação, Carlos Alberto Decotelli, que seria nesta terça-feira (30), foi suspensa e pode nem acontecer. Ou seja, Decotelli pode cair antes de assumir.
O motivo são os indícios de falsidade ideológica no currículo do futuro ex-ministro.
Tudo começou quando o reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, desmentiu a titulação de doutorado de Decotelli. Como não tem doutorado, surgiu a suspeita de que o pós-doutorado dele também seria ficção, o que acabou se confirmando
Por fim, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou que vai investigar a suspeita de plágio na monografia do mestrado do novo ministro.
Ou seja, se bobear, mal sobra a graduação para o currículo de Decotelli. Logo na Educação…
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai investigar o currículo do ministro, e caso as fraudes se confirmem, ele deve ter a nomeação revogada.
Triste Brasil.
Novo ministro da Educação não tem pós-doutorado na Alemanha, diz universidade
A Universidade de Wüppertal, no oeste da Alemanha, negou que o novo ministro da Educação (MEC), Carlos Alberto Decotelli, tenha realizado na instituição o pós-doutorado.
“Carlos Decotelli não obteve nenhum título na nossa universidade”, afirmou a responsável pela comunicação da Bergische Universität Wüppertal (BUW), Jasmine Ait-Djoudi. A universidade alemã oferece cerca de 110 cursos em diversas áreas e tem mais de 22 mil estudantes. A informação é do Globo.
Ainda segundo a revista Exame, a Universidade de Wüppertal (Bergische Universität Wuppertal), onde o professor afirma ter concluído seu pós-doutorado, respondeu que ele não esteve na universidade pelo período que consta em seu currículo.
Decotelli, nomeado na última sexta-feira (26), anotou no currículo Lattes que frequentou a universidade alemã entre 2015 e 2017 e que recebeu o certificado de pós-doutor.
O currículo Lattes é um documento eletrônico usado por pesquisadores brasileiros para registrar sua produção e experiência acadêmica. A plataforma é controlada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mas o preenchimento é feito pelo próprio usuário.
O novo ministro já teve contestado o mestrado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e o doutorado na Universidade de Rosário, na Argentina.
A Universidade de Wüppertal é a terceira instituição a dizer que o novo ministro está mentindo sobre seus títulos.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse ao anunciar a escolha do no nome titular no MEC que “Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre pela Fundação FGV, doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”.
Carlos Decotteli pode cair nas próximas horas ou dias em virtude da inconsistência de seu currículo.
A falsidade ideológica está tipificada no art. 299 do Código Penal, que, além de prisão, pode custar o cargo do agente público.
Com a possibilidade de queda do novo ministro, o terceiro no governo, vem aí o quarto escalado.
O presidente Jair Bolsonaro já pediu para que o secretário da Educação do Paraná, Renato Feder, volte ao aquecimento. O moço nunca foi educador, mas está dentro no padrão do atual governo federal.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.