O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) está angustiado com a espera da posse no presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O atual inquilino do Palácio do Planalto sofre com a ideia de passar a faixa presidencial para o petista, que o derrotou no segundo turno.
O Blog do Esmael soube que Bolsonaro – além da “apatia” e “depressão” – tem constantes crises de choro no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, onde se entrincheirou há quase três meses.
Ao reclamar da espera, as redes sociais sugeriram a Bolsonaro renunciar ao cargo. No lugar dele assumiria o vice Hamilton Mourão (Republicanos), eleito senador pelo Rio Grande do Sul cuja posse ocorrerá no dia 2 de fevereiro de 2023.
“Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, retirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, pô, qualquer um pode ir ali e entregar”, disse o vice Mourão em entrevista ao Valor Econômico.
Em caso de impedimento ou vaga do presidente e do vice-presidente da República, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do Supremo Tribunal Federal. Ou seja, o próximo da linha sucessória seria o deputado Arthur Lira (PP-AL).
No entanto, a comissão de organização da posse, lideradada pela próxima primeira-dama, Janja Lula da Silva, há possibilidade de a ex-presidente Dilma Rousseff passar a faixa para Lula.
Para o vice Mourão, seria um grande gesto de Bolsonaro se ele passasse a faixa para Lula.
“Tem um aforismo dele que diz que, na guerra, você tem de ter determinação, na vitória tem que ser magnânimo e na derrota, tem que ser altivo e desafiador. Acho que seria um gesto de altivez e de desafio: ‘Toma aí, te vira agora aí, meu irmão. Te vejo em 2026’”, disse Hamilton Mourão, atribuindo o pensamento ao ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill (*1874 – †1965).
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