O Agro abandonou o presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) e já embarcou no governo de transição de Lula.
Nesta quinta (17/11), o grupo temático da Agricultura se reunu com o coordenador de transição Aloizio Mercante, que lidera o gabinete ao lado da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
“Nosso trabalho no Grupo Técnico Agro está focado no desenvolvimento social- sustentável, tecnológico e moderno”, disse o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), integrante do governo de transição e cotado para ser ministro da Agricultura no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O parlamentar ligado ao Agro disse que, passadas as divergências do período eleitoral, entidade representativas do agronegócio já começam a se aproximar para trazer suas demandas.
Segundo Fávaro, representantes de setores do biodiesel e do etanol, por exemplo têm demonstrado preocupação com a política implementada pelo atual governo.
“Você já vê divergências , por exemplo, com a política nacional do biodiesel do atual governo, que está quebrando o setor; a política de preço dos combustíveis está derrubando o setor de etanol. Eles estão entendendo que há um novo governo e é normal o diálogo. É através do debate simples, sincero, reto que nós vamos reconquistando o espaço“, explicou o senador paranaense.
O senador disse não entender de onde vem a retórica de aversão ao governo Lula por parte do agronegócio já que, segundo ele, os governos do petista trouxeram prosperidade para o campo.
Carlos Fávaro relatou ainda que foi realizada a primeira reunião técnica do “GT Agro” e traçada as diretrizes para os relatórios, que serão elaborados durante a transição. Segundo o senador do Agro, essa é a forma mais eficiente para que o novo governo inicie – já em 1º de janeiro – trabalhando e implementando as políticas públicas necessárias em cada área”.
Moral da história: agora, o Agro é Lula.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.