Sumiço de Bolsonaro desnorteia seguidores enquanto aliados prometem volta “em breve”

O presidente derrotado Jair Bolsonaro, depois do segundo turno, tomou chá de sumiço – ou Doril, porque ninguém sabe nem viu.

Diante de fortes rumos de que o presidente irá renunciar ao cargo antes da posse do presidente eleito Lula, em 1º de janeiro de 2023, aliados que restaram da campanha tentam justificar o desaparecimento do “Capitão”.

“Deve voltar logo, já recuperou da infecção, tá tudo bem”, disse o general Braga Neto, que foi vice na chapa de Bolsonaro, sem, no entanto, precisar a data do retorno do presidente ao batente.  

O Brasil e o mundo sabem que o “trabalho” nunca foi o forte de Jair Bolsonaro. Em seus quatro anos de gestão, enquanto a pandemia dizimava milhares, ele tirava férias nas lindas praias de Santa Catarina; passeava de jet ski no lago Paranoá; ou organizava motociatas na hora comercial.

O Blog do Esmael soube por um deputado que apoiou Bolsonaro no primeiro e no segundo turnos que o quadro é grave. O inquilino do Palácio do Planalto alterna entre choro, acesso de fúria e tristeza. Muitos dizem que ele foi acometido pela “apatia” e “depressão” após a derrota para Lula.

Na teoria da conspiração na esquerda, Bolsonaro estaria dopado para que não cometer a medida extrema: renunciar ao cargo antes de 31 de dezembro.

Economia

Sarcástico, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, senador eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, também apresentou um “atestado médico” para os 18 dias de ausência do presidente no trabalho.

“É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?”

O sumiço de Bolsonaro já vai entrar na terceira semana. E isso é bastante estranho para quem era muito ativo nas redes sociais, ou por meio de lives, ou pelas declarações no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada – residência oficial do presidente da República, em Brasília.

Se fosse funcionário de uma empresa privada, muito provavelmente, Jair Bolsonaro estaria muito próximo da demissão com justa causa pelo abondono do emprego – como prevê o art. 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). 

O Blog do Esmael apurou que Bolsonaro tem surtos ao ser lembrado de que terá de passar a faixa presidencial para o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, eleito pela terceira vez, depois de ser preso ilegalmente em 2018. Aliás, Bolsonaro só foi eleito há quatro anos porque a trapaça compreendia impedir a candidatura do petista – na época principal adversário.

Jair Bolsonaro, combalido, literalmente abandonou seus “patriotas feridos” nas estradas e em frente aos quartéis e seus aliados prometem uma volta “em breve” que nunca poderá acontecer.

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