O Brasil fechou o mês de dezembro do ano passado com saldo negativo de 431.011 empregos formais (com carteira assinada), segundo o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Isso se deveu a 1.382.923 contratações e 1.813.934 desligamentos. O estoque total de trabalhadores celetistas recuou 1% em dezembro, contabilizando 42.716.337, com saldo negativo de 2.037.982 empregos durante o ano.
Os salários iniciais pagos em dezembro também diminuíram, ficando em média em R$ 1.915,16, uma queda real de R$ 17,90 comparado ao mês anterior. Todos os cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo negativo no mês, com o setor de serviços tendo a maior perda, seguido pela indústria, construção, agropecuária e comércio.
No trabalho intermitente, houve 7.490 empregos com 24.333 admissões e 16.843 desligamentos. Já no trabalho em regime de tempo parcial, houve saldo negativo de 12.212 empregos, com 11.674 admissões e 23.886 desligamentos. Apenas o setor comércio registrou saldo positivo no regime de tempo parcial.
Eis o tamanho da tragédia trabalhista e da herança maldita deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda encontra-se refugiado nos Estados Unidos desde 30 de dezembro de 2022. Ele não reconheceu a derrota e não empossou o presidente Lula, que subiu a rampa amparado pelo povo.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu a queda no volume de empregos à reforma trabalhista realizada pelo governo de Michel Temer, em 2017. A reforma implementou novas modalidades de contrato, incluindo o trabalho intermitente e o trabalho em regime parcial.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.