Richa prioriza prorrogação do ‘pedágio mais caro do mundo’ ao invés de resolver a greve na educação

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O governador Beto Richa (PSDB) retomou a ofensiva, esta semana, visando alongar os contratos de concessão do pedágio nas rodovias que cortam o estado do Paraná. As concessões do governo federal, que delegou os trechos pedagiados ao estado, vencem em 2021.

O Palácio Iguaçu prioriza a continuidade do ‘pedágio mais caro do mundo’ ao invés de tentar resolver as greves na educação básica e nas universidades estaduais. Alunos paranaenses já correm o risco de perder o ano letivo devido à falta de proposta do governo para pôr fim ao movimento paredista.

O secretário da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), estaria na linha de frente das negociações pela prorrogação dos contratos do pedágio por mais 25 anos “em troca de obras” nas rodovias paranaenses.

O senador Roberto Requião (PMDB), pelo Twitter, manifestou-se contrário à perpetuação das pedageiras. “Depois de massacrar professores, roubar a previdência, a prioridade de Richa é prorrogar contratos de pedágio!”, protestou.

Até agora, a CPI dos Pedágios, que concluiu os trabalhos na Assembleia no final de 2014, não disponibilizou o relatório final das investigações. Dentre as irregularidades levantadas na época estão obras não realizadas pelas empresas concessionárias que exploram o pedágio em 27 praças de arrecadação, sem que sejam imoladas pelo governo do estado.

Economia

O governo tucano teria, inclusive, pressionado entidades patronais conhecidas como G7 (Fiep, Fecomércio, Faep, Faciap, Fetranspar, Fecoopar e ACP) para aderirem à campanha pela prorrogação dos contratos.

O Blog do Esmael prospectou que apenas a Fecoopar (cooperativas) e Fiep (indústrias) se recusaram a assinar uma minuta favorável ao alongamento do pedágio no estado até 2050.

“Inoportuno e insensível no momento em que há greves e uma crise política e econômica no estado”, disse ao Blog do Esmael o empresário Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

Beto Richa foi a Dilma Rousseff (PT), no final de 2013, pedir a renovação do pedágio no estado, mas ouviu da presidenta um sonoro NÃO (clique aqui para relembrar o caso).

O pedágio foi implantado nas rodovias paranaenses em 1998 sob o governo Jaime Lerner.

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