Willi Ninja: Google homenageia dançarino LGBTQ+ com Doodle na página inicial de hoje

O dançarino americano Willi Ninja certamente merece ser celebrado e reconhecido por suas contribuições para a dança e a cultura vogue. Como um dos pioneiros desse estilo de dança, ele desempenhou um papel fundamental em sua popularização e influência ao redor do mundo.

Willi Ninja nasceu em 1961 e cresceu na cidade de Nova York. Ele começou a dançar na década de 1970, e foi um dos primeiros a desenvolver e aprimorar o estilo vogue. O vogue é uma forma de dança que combina movimentos de modelos de passarela e poses, inspirados na cultura das casas de baile LGBTQ+ e nas competições de dança.

Além de sua habilidade como dançarino, Willi Ninja também se destacou como coreógrafo, criando coreografias inovadoras e únicas para performances de vogue. Ele trabalhou com diversos artistas renomados, como Malcolm McLaren e o grupo de dança The House of Ninja, que ele mesmo fundou. Sua influência no mundo da moda também foi significativa, colaborando com designers e participando de desfiles de moda.

É maravilhoso ver o Google homenageando Willi Ninja com um Doodle em sua página inicial. Essas homenagens ajudam a manter viva a memória e o legado de indivíduos talentosos e inspiradores como ele, além de ampliar o alcance de suas realizações para um público mais amplo.

Willi Ninja deixou um impacto duradouro na comunidade de dança e na cultura em geral. Sua criatividade, habilidade e dedicação à arte do vogue são um exemplo para muitos dançarinos e artistas. É ótimo ver que seu trabalho e seu legado continuam sendo celebrados e apreciados.

O dançarino faleceu em 12 de setembro de 2006, aos 45 anos, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Economia

Violência contra LGBT+ no Brasil

No Brasil, o dançarino e coreógrafo Willi Ninja é homenageado como o padrinho do vogue, um estilo de dança revolucionário. Enquanto celebramos seu legado, o país enfrenta a triste realidade da violência contra a comunidade LGBT+. Com números alarmantes de assassinatos e impunidade, é preciso unir forças para promover a igualdade e garantir os direitos humanos de todos. Enquanto dançamos ao ritmo do vogue de Willi Ninja, devemos manter a consciência da luta contínua pela inclusão e respeito. Abaixo, após o vídeo, leia mais no Blog do Esmael, onde a política é retratada em tempo real.

O que é o Doodle?

O Doodle é um logotipo personalizado do Google que é temporário e comemorativo, que é exibido na página inicial do Google para celebrar datas importantes, aniversários de pessoas notáveis, eventos históricos e culturais, entre outros.

O Doodle é muitas vezes animado e interativo, e pode ser clicado para fornecer informações adicionais sobre o evento ou a pessoa que está sendo homenageada.

Os Doodles são uma forma criativa e divertida que o Google usa para celebrar e reconhecer a diversidade e a importância de diferentes temas e culturas em todo o mundo.

Assista o vídeo com a homenagem do Google:

Brasil lidera ranking mundial de assassinatos de pessoas LGBT+: um retrato doloroso da realidade

O Brasil, infelizmente, mantém seu triste posto como o país com o maior número de assassinatos de pessoas LGBT+ no mundo. Os dados alarmantes de 2022 revelam que ocorreram 242 homicídios, o equivalente a uma morte a cada 34 horas, além de 14 suicídios. Essas estatísticas foram levantadas pelo Grupo Gay da Bahia, que compilou informações divulgadas pela mídia.

Essa pesquisa, que já é realizada há 43 anos, expõe a cultura de ódio enraizada na sociedade brasileira em relação à população LGBT+. Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+ e da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, avalia que o discurso extremista, tanto conservador quanto religioso fundamentalista, tem contribuído para o aumento da violência e discriminação:

“O que tem agravado a violência contra a nossa comunidade e a discriminação são os discursos extremistas – tantos os discursos conservadores como os discursos religiosos fundamentalistas. E isso vai criando um caldo de uma cultura LGBTIfóbica, que muitas vezes o assassino acaba se justificando falando: ‘eu estou matando uma pessoa abominável, que Deus quer que eu faça isso’. Inclusive isso é o depoimento de muitos assassinos.”

Além disso, a impunidade é uma realidade marcante nesses casos de violência. Apenas de 5% a 10% dos assassinatos são solucionados, e as investigações muitas vezes carecem de rigor científico e técnicas apropriadas. A impunidade acaba alimentando ainda mais a espiral de violência.

O levantamento do Grupo Gay da Bahia também aponta que as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste registram quase o dobro de mortes LGBT+ em comparação com as regiões Sul e Sudeste. O Nordeste continua sendo a área mais perigosa para a população LGBT+, concentrando 43,3% dos assassinatos. Fortaleza está entre as dez cidades brasileiras com maior número de casos de mortes violentas de LGBT+.

Para Toni Reis, da Aliança Nacional LGBTI+, é fundamental fortalecer a cidadania como forma de combater a LGBTfobia no Brasil:

“Tanto no âmbito nacional quanto no âmbito estadual, é ter o tripé da cidadania bem organizado. Que é ter uma coordenação, ter um plano e que tenha um conselho para fazer o diálogo com a sociedade. E que a gente possa também estar criando um sistema de enfrentamento à LGBTfobia no nosso país.”

O levantamento do Grupo Gay da Bahia destaca ainda que os gays continuam sendo os mais afetados, em números absolutos. No entanto, proporcionalmente, a população trans tem um risco 19% maior de sofrer crimes letais do que os homossexuais. A maioria das vítimas tem entre 18 e 29 anos, uma perda irreparável de jovens que poderiam contribuir para a construção de um país mais inclusivo e respeitoso.

Diante desse cenário assustador, é necessário unir esforços para promover a igualdade e garantir os direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A luta contra a LGBTfobia requer ação conjunta da sociedade, dos governos e de todas as instâncias responsáveis por proteger e defender os direitos fundamentais. Só assim poderemos vislumbrar um futuro mais justo e seguro para a população LGBT+.

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