“Moro, a tua hora vai chegar”, vaticinaram manifestantes no aeroporto de Brasília, esta semana, ao avistarem o senador Sergio Moro (União-PR) prestes a embarcar para Curitiba. O vídeo viralizou nas redes sociais e o que parecia ser um espontâneo protesto ganhou ar de realidade e dramaticidade para o ex-juiz da Lava Jato, que pode ser cassado pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) ainda neste semestre.
“No atual cenário, Moro está parecido com as pessoas que ele perseguia entre 2014 e 2018: o ex-juiz tem medo até de notícia boa”, observou um atento jurista da capital paranaense.
O Blog do Esmael apurou que o ânimo no judiciário é pela cassação unânime porque o ex-juiz virou um passivo muito grande para o judiciário brasileiro. Basta observar as últimas denúncias formuladas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que obteve um salvo-conduto para depor e provar o que vem dizendo na Câmara dos Deputados, no próximo dia 19 de junho. Ele alega que fora vítima de extorsão na Lava Jato, por isso vive refugiado com a família na Espanha desde 2017.
Também corrobora a crise para o lado de Moro as denúncias do ex-deputado e empresário curitibano Tony Garcia, que se intitula agente infiltrado da força-tarefa para gravar e incriminar autoridades, advogados, membros do judiciário, empresários, enfim, pessoas que eram alvo da Lava Jato. Garcia começou a mostrar evidências de que fala a verdade e propõe até uma acareação com Sergio Moro no Senado.
Além disso, espanta o Brasil inteiro o afastamento do juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba, que teve a audácia de abrir os armários com esqueletos dos antigos magistrados da Lava Jato e do TRF4, o famigerado Tribunal Regional da 4ª Região, de Porto Alegre. Um horror à espera de uma reparação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Diante desse contexto, surge a possibilidade de cassação do mandato do senador Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, após a confirmação da cassação de seu parceiro Deltan Dallagnol (PODE-PR), ex-procurador e ex-coordenador da força-tarefa. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol com base na Lei da Ficha Limpa. Diante dessa decisão, aumentam as chances de Moro também enfrentar um processo de cassação em breve no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
O deputado Arilson Chiorato, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná, um dos autores da ação que resultou na cassação unânime de Deltan Dallagnol, disse ao Blog do Esmael que a hora de Moro está chegando. E de fato está chegando. Há dois pedidos de cassação contra Sergio Moro no TRE-PR: um solicitado pela Federação Brasil Esperança, que inclui PT, PCdoB e PV, e outro pelo Partido Liberal (PL), a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. As ações versam sobre caixa dois e abuso do poder econômico na campanha eleitoral de 2022.
No entanto, a vida pregressa do ex-juiz mina a credibilidade do sistema judiciário e expõe o poder judiciário de uma forma sem precedentes, por isso a possibilidade de Sergio Moro enfrentar um destino semelhante a Deltan Dallagnol ganha cada vez mais contornos e revela que realmente a hora de Moro está chegando.
O desenrolar desses acontecimentos políticos e jurídicos continuará sendo acompanhado de perto pelo Blog do Esmael, em tempo real, pois suas consequências podem ter um impacto significativo no cenário político brasileiro.
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A permanência do Moro no redil político, depois da tamanha bagunça que fez e continua fazendo na mesma área, não é sadia para a comunidade jurídica do país já tão desgastada, e também já descrente para grande parte não só da nação brasileira, mas também dos que, conosco permutam relações de políticas obedientes e civilizadas., pelo mundo em fora. Bastam as contemplações pa
ra quem não as tiveram para as próprias leis.