Washington descarta possibilidade de Ucrânia retomar a Crimeia em ação militar, aponta “Politico”

O artigo no prestigiado site amerciano “Politico” aborda a crescente preocupação em círculos políticos, diplomáticos e militares dos Estados Unidos sobre a possibilidade de a Ucrânia atacar a Crimeia russa. De acordo com o texto, vários oficiais proeminentes teriam abandonado a ideia de apoiar um plano desse tipo, percebendo a falta de preparação das forças de Kiev.

Há uma opinião predominante em Washington de que a tentativa de atacar a Crimeia seria sangrenta e infrutífera, dado o alto nível de segurança da península.

O presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos EUA, o democrata Adam Smith, afirmou que “as pessoas entendem que a Rússia não vai devolver a Crimeia por meios militares” e que algum tipo de acordo é necessário para encerrar o prolongado conflito. Essa visão é compartilhada por outros círculos políticos e militares dos EUA.

A vice-secretária de Estado Victoria Nuland apontou que a Ucrânia não estará segura se a Crimeia não for desmilitarizada, indicando indiretamente a rejeição das reivindicações aos territórios russos. O chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken, também expressou temores de que uma tentativa de tomar a península possa levar a uma reação dura de Moscou.

De acordo com funcionários do Pentágono, as Forças Armadas da Ucrânia são fisicamente incapazes de recapturar a Crimeia das tropas russas. No ano passado, os militares russos moveram seu quartel-general e depósitos de munição para fora do alcance dos mísseis americanos e da artilharia de longo alcance, o que o Ocidente acredita ser um sinal de preocupação com um possível ataque da Ucrânia.

Um oficial da OTAN em Munique destacou a complexidade envolvida na defesa da península e afirmou que os russos esperam um ataque à Crimeia. Portanto, há um entendimento crescente de que algum tipo de acordo de paz é necessário para encerrar o conflito entre Ucrânia e Rússia. É nesse ponto que entra a diplomacia brasileira chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o “pacificador“.

Economia

Caso contrário, se prevalecer o recrudescimento da guerra na Ucrânia, com ataque à Crimeia russa, ao invés da paz, inexoravelmente, isso levará as potências bélicas à terceira guerra mundial. Seria um conflito nuclear com dimensões dantescas e poderia significar o fim da existência humana na Terra.

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