França enviará 12 lançadores de foguetes à Ucrânia enquanto Brasil se declara pacifista e contra guerra

Um dia após o presidente Lula dizer ao chanceler alemão Olaf Scholz, em Brasília, que não enviará armamentos à Ucrânia, na guerra contra a Rússia, países europeus continuam ensandecidos para armar Vladimir Zelensky contra o líder russo Vladimir Putin.

No lance mais recente da guerra entre Rússia e Ucrânia, o governo do presidente francês Emmanuel Macron disse que enviará 12 lança foguetes à Kiev – os obuses Caesar.

A França também enviaria 150 militares para a Polônia para treinar até 600 soldados ucranianos por mês lá, anunciou o ministro da Defesa, Sébastien Lecornu.

Resumo da situação na guerra Rússia-Ucrânia, 342 dias após a invasão:

  1. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, anunciou que Kiev espera receber de 120 a 140 tanques em uma “primeira onda” de entregas da coalizão de 12 países.
  2. O Presidente dos EUA, Joe Biden, descartou o envio de caças F-16 para a Ucrânia. Já o Reino Unido não acredita ser “prático” enviar seus caças para a Ucrânia, já que são jatos “extremamente sofisticados”.
  3. O Conselheiro mais sênior de Vladimir Zelensky, Andriy Yermak, sugeriu que a Polônia está disposta a fornecer caças F-16 à Ucrânia. Porém, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, enfatizou que a decisão será tomada em consulta com aliados da Otan.
  4. Zelensky pediu que as armas ocidentais sejam fornecidas mais rapidamente, já que a Rússia espera prolongar a guerra e esgotar a capacidade de resistência da Ucrânia.
  5. O Kremlin alertou que o fornecimento de mais armas à Ucrânia só levará a uma “escalada significativa” do conflito, enquanto a Ucrânia “exige mais e mais armas” e os países da Otan se tornam “cada vez mais envolvidos diretamente no conflito”.

Ao invés de enviar armamentos para o conflito entre Ucrânia e Rússia, o presidente Lula sugeriu a criação de um clube de países contrários à guerra e favoráveis à paz. Segundo observou o mandatário brasileiro, tanto os russos quanto os ucranianos desejam continuar os combates.

“A minha sugestão é criar um clube de países que querem construir a paz no planeta. O Brasil está disposto a dar uma boa contribuição. O mundo está precisando de paz”, destacou o presidente do Brasil.

Economia

“O Brasil não tem interesse em passar munições para que sejam utilizadas na guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil é um país de paz. Nesse momento, precisamos encontrar quem quer a paz, palavra que até agora foi muito pouco utilizada”, disse Lula na terça-feira (30/1) durante a visita do chanceler alemão.

É importante destacar a movimentação da França – em relação à guerra na Ucrânia – porque um encontro entre Lula e Macron está nos radares de ambos os presidentes em brevíssimo tempo.

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