Lula diz a chanceler alemão que Brasil é um país de paz ao negar armamentos à Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que a Rússia cometeu um “erro crasso” ao invadir a Ucrânia. Lula afirmou que é necessário encontrar a paz e que o Brasil não tem interesse em enviar armamento para países em conflito, visto que o Brasil é um país de paz.

O pedido de Berlim para que o Brasil forneça um carregamento de munição do tanque Leopard 1 para a Ucrânia chegou a Lula no dia 20 de janeiro por meio do comando do Exército. Lula vetou o embarque, afirmando que não valia a pena provocar Moscou. Este pedido mostrou que o esforço do chanceler alemão para montar um pacote de assistência blindada pesada a Kiev foi mais amplo do que o divulgado anteriormente.

Lula e Sholz se encontraram na tarde desta segunda-feira (30/1), em Brasília, quando o petista sugeriu ao chanceler alemão a formação de um clube de países que querem construir a paz no planeta.

Em relação a ONU, Lula criticou a configuração atual da organização e afirmou que é necessário que o Conselho de Segurança da ONU tenha mais força e representatividade para evitar possíveis guerras.

“Falei com o chanceler alemão sobre a necessidade de fazermos parte de um G4, Brasil, Índia, Alemanha e Japão, para fazermos parte do conselho de segurança da ONU. Queremos que o conselho de segurança tenha mais representatividade”, disse o presidente brasileiro.

Lula já havia dito em uma entrevista à revista “Time”, quando ainda era pré-candidato à presidência da República, que a invasão da Rússia na Ucrânia era um erro. Ele apontou que tanto o presidente da Ucrânia quanto o presidente russo são responsáveis pelo conflito e que ambos deveriam ter negociado mais para evitar a guerra.

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