Ratinho Jr. é “peso morto” na disputa pelo Senado; governador não tem influência na bancada do PR

O governador do Paraná Ratinho Jr. (PSD) é considerado pelos bastidores políticos, em Brasília, como “peso morto” na disputa pela Presidência no Senado, que ocorrerá nesta quarta-feira (1º/02). O mandatário estadual não tem influência na bancada de três senadores – Flávio Arns (PSB), Sergio Moro (União) e Oriovisto Guimarães (Podemos).

Na eleição de outubro de 2022, Ratinho Jr. tentou emplacar no Senado seu compadre e pupilo – o deputado Paulo Martins, que termina hoje o mandato na Câmara – mas foi derrotado por Moro. Agora o partido de Martins, o PL, tenta cassar o mandato do ex-juiz por abuso de poder econômico e uso de caixa dois na campanha.

Sergio Moro declarou voto ao senador Rogério Marinho, do PL, agremiação que luta para arrancar o mandato do ex-magistrado da Lava Jato.

Flávio Arns, por sua vez, migrou na véspera da eleição no Senado para o PSB (Partido Socialista Brasileiro). Ele estava filiado no Podemos, que definhou com a derrota de Alvaro Dias e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ex-tucano e ex-petista, Arns se sente mais confortável com a proximidade com o Palácio do Planalto e o presidente Lula. E isso não dependeu da vontade ou movimentação do governador paranaense. Pelo contrário.

Até prova em contrário, o terceiro senador, Oriovisto Guimarães, está no colo da extrema direita e virou refém do discurso bolsonarismo. Ele é alvo de assédio de golpistas e terroristas. [Frise-se o benefício da dúvida.]

Ratinho Jr. é do PSD, mesmo partido de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que logo mais tentará a releição na Presidência do Senado. No entanto, o governador do estado não tem condições de entegrar sequer um voto a favor do correligionário, haja vista a relação pretéria de Arns com Lula e o PT.

Economia

Dentre as atribuições dos senadores estão: autorizar operações financeiras externas da União, Estados e municípios; fixar limites globais de montante da dívida consolidada dos entes; tratar de limites na concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; e determinar os limites globais no montante da dívida mobiliária de Estados e municípios.

Mas, voltando à questão política, a título de comparação, o governador do Maranhão Carlos Brandão (PSB) tem influência direta nos três senadores daquele estado no Nordeste: Eliziane Gama (PSD), Weverton (PDT) e Flávio Dino (PSB); todos eles confirmam voto em Pacheco – em linha com o Palácio dos Leões [sede estadual do governo maranhense].

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