O senador Flávio Arns (PSB-PR) denunciou ter recebido ameaças por mensagem por conta de sua posição nas eleições para a presidência do Senado Federal, que acontecerão na quarta-feira (1º/02). Esse fato comprova que bolsonaristas tentam fazer da disputa na Câmara Alta um novo 8 de janeiro, onde prevalecem a ameaça e o perigo da violência política.
Nas redes sociais, ensandecidos, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assediam os senadores para que votem em sua “alma gêmea” – o senador Rogério Marinho (PL-RN), um ex-ministro do antigo governo, que foi relator da reforma da previdência que dificulta a aposentadoria dos trabalhadores. Os bolsonaristas ensaiam reeditar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, por isso ameaçam os senadores.
Flávio Arns se filiou esta semana ao PSB, partido da base governista que apoia a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência da Casa. O senador paranaense deixou o Podemos.
No Senado, Pacheco é o favorito mas enfrenta resistência entre aliados de Jair Bolsonaro, que apoiam o candidato Marinho.
As eleições para presidente da Câmara e do Senado ocorrem após a cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.
Até o momento, Arthur Lira (PP-AL) parece ser o favorito para a presidência da Câmara. O deputado vê um céu de brigadeiro, enquanto Pacheco ainda vislumbra algumas nuvens, raios e trovões.
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