Possibilidade de prisão do senador Marcos do Val em caso semelhante ao de Delcídio Amaral causa apreensão

O senador Marcos do Val (PODE-ES) está diante de uma iminente possibilidade de prisão após uma operação da Polícia Federal (PF) realizada na quinta-feira (15/6). Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ação envolveu busca e apreensão tanto no gabinete do senador em Brasília quanto em sua residência no Espírito Santo.

Segundo as investigações da PF, Marcos do Val é suspeito de ter obstruído os trabalhos investigativos, o que levantou suspeitas de seu envolvimento em atividades irregulares. Ao analisar as mensagens contidas no telefone celular do senador, entregue por ele mesmo à PF durante um depoimento em fevereiro, os policiais constataram um padrão de envio de mensagens “não solicitadas e sem sentido” a seus contatos. Essa prática, de acordo com fontes ligadas ao caso, poderia ser utilizada para criar álibis ou fabricar acusações falsas, considerando a possibilidade de apreensão do aparelho.

A situação vivenciada por Marcos do Val guarda semelhanças com o caso do ex-senador Delcídio Amaral (PT), que foi o primeiro parlamentar a ser preso no exercício do mandato. Delcídio foi detido em 25 de novembro de 2015 pela PF, acusado de tentar dificultar a delação premiada do ex-executivo da Petrobras Nestor Cerveró. As investigações apontavam para sua suposta participação em irregularidades relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos.

Assim como Delcídio do Amaral, Marcos do Val está sendo investigado por obstrução da justiça, o que torna a possibilidade de sua prisão cada vez mais real. As mensagens encontradas no celular do senador fazem referência a um suposto plano golpista que ele teria arquitetado junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a confusão deliberada causada por Marcos do Val torna difícil chegar a uma conclusão sobre o verdadeiro envolvimento de Bolsonaro na trama relatada pelo senador.

As mudanças bruscas em suas declarações públicas, que contradizem até mesmo seu depoimento anterior à PF sobre o plano golpista, levaram os investigadores a acreditar que Marcos do Val estava conscientemente atrapalhando as investigações. Nos últimos meses, a PF reuniu indícios suficientes para solicitar a prisão ou o afastamento do senador, mas o ministro Alexandre de Moraes optou por determinar apenas a busca e apreensão, que foi cumprida com êxito ontem à tarde.

As acusações contra Marcos do Val incluem a divulgação de documentos sigilosos e a suposta tentativa de subverter o Estado Democrático de Direito ao participar do mencionado plano golpista. Neste momento, a PF está analisando o material apreendido, como computadores, pen drives e o celular do senador, em busca de provas adicionais que possam embasar um eventual pedido de prisão.

Economia

Portanto, Marcos do Val, vai colocando a barba de molho…

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