Marcio Pochmann assusta banqueiros e neoliberais por posições desenvolvimentistas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) terá um novo presidente em breve. O economista Marcio Pochmann foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que marca uma importante mudança na gestão do órgão estatístico.

A nomeação de Pochmann, conhecido por suas posições desenvolvimentistas e sua ligação com o PT e o presidente Lula, pode trazer impactos significativos na área econômica do governo, uma vez que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, manifestou insatisfação com a indicação.

A notícia da indicação foi confirmada pela própria ministra Tebet, que revelou que o presidente Lula fez o pedido pessoalmente, buscando alguém com uma visão alinhada à sua política de desenvolvimento econômico.

A troca no comando do IBGE já era discutida há algum tempo, e a escolha de Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e membro da corrente de economistas ligada à Universidade de Campinas (Unicamp), representou uma opção clara pelas ideias desenvolvimentistas.

Em entrevista à CNN, a ministra Tebet assegurou que não há desgaste político com o PT ou o presidente Lula decorrente da indicação de Pochmann.

Ela destacou a importância de atender ao pedido de Lula e mencionou que o nome de Pochmann foi oficializado, após ter sido anunciado preliminarmente pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Economia

A ministra frisou a importância de agir tecnicamente e competentemente na gestão do IBGE, especialmente considerando o papel crucial que o órgão desempenha na produção de dados estatísticos para a sociedade brasileira.

A nomeação de Pochmann é relevante em razão de suas ligações históricas e ideológicas com o presidente Lula e o PT.

Ele já foi presidente do Ipea durante o segundo mandato de Lula e o início do primeiro de Dilma Rousseff, sendo um dos economistas que compartilham da visão desenvolvimentista de crescimento econômico e fortalecimento da indústria nacional.

A possibilidade de a ministra do Planejamento, Simone Tebet, deixar o governo, representaria a primeira baixa na área econômica.

A insatisfação de Tebet com a indicação de Pochmann se deu, provavelmente, por sua preferência por outro nome para a presidência do IBGE ou mesmo por questões políticas que possam ter sido afetadas.

Contudo, é fundamental mencionar que Tebet afirmou que acatará qualquer nome indicado pelo presidente Lula.

O IBGE é vinculado ao Ministério do Planejamento, o que ressalta a importância de uma relação harmoniosa entre a presidência do instituto e a pasta governamental.

Portanto, a conversa técnica entre Tebet e Pochmann, marcada para a próxima semana, será crucial para a estabilidade e eficiência do órgão na produção de informações fundamentais para o país.

Essa nomeação também gerou debates entre economistas e ex-gestores do IBGE, como Edmar Bacha, que manifestou sua insatisfação com a escolha.

O censo demográfico, que estava atrasado durante o governo anterior, se tornou uma das prioridades, e a expectativa é que Pochmann atue de maneira técnica e competente, garantindo a continuidade e aprimoramento das pesquisas e levantamentos estatísticos.

Em resumo, a nomeação de Marcio Pochmann para a presidência do IBGE, com o apoio do presidente Lula e o aval da ministra Tebet, traz consigo uma perspectiva desenvolvimentista para o órgão, marcada pela importância de fortalecer a indústria nacional e impulsionar o crescimento econômico.

Contudo, também pode representar um desafio político, especialmente se a ministra do Planejamento decidir deixar o governo – o que poderia abrir uma janela de oportunidade para o PT indicar um nome mais comprometido com o programa econômico de campanha de Lula.

A escolha do novo presidente do IBGE é uma decisão relevante para o país, e a sociedade estará atenta aos desdobramentos dessa nomeação. Portanto, siga acompanhando o Blog do Esmael para novas atualizações.

Marcio Pochmann é economista, pesquisador e professor titular da Unicamp desde 1989.

Foi presidente da Fundação Perseu Abramo de 2012 a 2020, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada entre 2007 e 2012 e secretário municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo de 2001 a 2004.

Pochmann deixará a presidência do Instituto Lula no próximo dia 31 de julho, quando haverá nova eleição para o órgão.

Por seu currículo e virtude, o desenvolvimentismo, Pochmann assusta banqueiros e neoliberais de plantão.

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