Ricardo Barros, conhecido como “Leitão Vesgo”, pode emplacar esposa na presidência da Caixa

O apelido “Leitão Vesgo” ganha destaque mais uma vez no cenário político, envolvendo o deputado licenciado Ricardo Barros (PP-PR). Segundo informações apuradas pelo site Metrópoles, Barros estaria articulando uma jogada política que envolve a possível nomeação de sua esposa, a ex-governadora Cida Borghetti (PP), para a presidência da Caixa Econômica Federal.

Conforme relatado por interlocutores do PP, a indicação de Cida Borghetti para o cargo seria vista como uma forma de oficializar a entrada do partido no governo Lula (PT). Além disso, destacam que sua nomeação não enfrentaria resistência de grupos “esquerdistas” devido ao fato de ser mulher.

No entanto, o negócio proposto por Barros não para por aí.

O deputado desistiria de uma possível eleição suplementar ao Senado, caso o senador Sergio Moro (União-PR) seja cassado em decorrência de denúncias de fraude nos gastos durante a pré-campanha. Nesse acordo, Barros apoiaria a candidatura da deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, para ocupar a vaga no Senado.

Vale ressaltar que, apesar das informações divulgadas, o deputado Ricardo Barros nega veementemente a existência de qualquer negociação nesse sentido.

A postura do Partido Progressista (PP) em relação à articulação política tem sido alvo de divergências internas. Enquanto alguns congressistas veem com bons olhos a possibilidade de apoiar uma candidatura do PT, outros resistem à ideia de se associar ao governo liderado por Lula.

Economia

Caso Ricardo Barros confirme a desistência de sua virtual candidatura ao Senado, a política no Paraná poderá sofrer outras mudanças. Paulo Martins (PL), que ficou em segundo lugar na eleição de 2022 para o Senado no estado, é visto como um dos possíveis beneficiados, abrindo caminho para uma candidatura mais à direita.

Ricardo Barros, conhecido como "Leitão Vesgo" no Paraná.
Ricardo Barros, conhecido como “Leitão Vesgo” no Paraná.

No entanto, há quem acredite que uma hipotética candidatura de Barros mais ajudaria do que atrapalharia um nome do PT porque dividiria ainda mais o eleitorado de direita no estado.

As movimentações políticas e as possíveis mudanças no cenário eleitoral do Paraná mantêm a atenção dos analistas políticos. Outros nomes importantes que disputam a vaga do ex-ministro Sergio Moro incluem o ex-governador Roberto Requião (PT), o deputado estadual Requião Filho (PT-PR) e o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).

Vale lembrar que Ricardo Barros, atualmente licenciado do cargo de deputado, exerce a função de secretário de Indústria e Comércio do governo de Ratinho Jr. (PSD). Daí decorre o apelido de “Leitão Vesgo”, que mama em uma teta de outro em outra, segundo o mundo político paranaense.

Com um cenário político complexo e incerto, a população do Paraná aguarda o desenrolar dos acontecimentos que podem moldar o futuro do estado. As negociações em andamento envolvendo o deputado Ricardo Barros, sua esposa Cida Borghetti e a possível candidatura de Gleisi Hoffmann ao Senado são aspectos cruciais a serem acompanhados de perto.

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