Lava Jato deixa como ‘legado’ escritórios criminalistas em Curitiba

Na última quarta-feira (11), o escritório VG&P (Vernalha Guimarães e Pereira) criou de um braço penal ao anunciar como novo sócio o advogado Dante D’Aquino. Ele irá atender a área penal empresarial e elaborar projetos de ‘compliance’.

Tal reforço da VG&P nas questões criminais, pode-se dizer, é um ‘legado’ que a Lava Jato –que Deus a tenha!—vai deixar na capital paranaense: dezenas de escritórios aparelhados para o direito corporativo, leniência, licitações, dentre outros.

Animados com o promissor mercado empresarial penal, os pioneiros do escritório VG&P, Fernando Vernalha e Luiz Fernando Casagrande Pereira, resolveram apresentar o novo sócio Dante D’Aquino com uma palestra no próximo dia 2 de outubro sobre “A nova lei de licitações e suas implicações penais”.

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É chover no molhado afirmar que Curitiba experimenta um boom no direito penal. É na ‘República de Curitiba’ que estão os principais escritórios de advocacia especializados em delação premiada, por exemplo.

Só para ficar nos mais conhecidos, os advogados Antônio Figueiredo Basto e Adriano Bretas atuam na “porta da cadeia” desde o começo da Lava Jato, em 2014. Outro profissional manjado na praça é Marlus Arns.

Também tem aqueles profissionais do direito penal “raiz” que atuam em Curitiba há tempos, bem antes do surgimento da Lava Jato. Para citar como paradigmas, os advogados Claudio Dalledone Júnior e Juliano Breda (este associado ao criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay).

“Na verdade, a Lava Jato faz surgir a necessidade de pessoas que combatam os abusos e defendam a Constituição”, arremata Dante D’Aquino.