A ex-deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) publicou um vídeo dizendo ela já sabia que era monitorada pela “Abin Paralela, a Abin do Bolsonaro“, que repassava as informações para o “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto.
Segundo Hasselmann, estão falando apenas do monitoramento do local, no entanto, frisou ela, a Polícia Federal está investigando a realização de grampos ilegais.
A ex-deputada, que era aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que ela também chegou a ser perseguida com carro pela “Abin Paralela”.
As consequência virão, pois isso tem que dar cadeia – reivindicou a ex-parlamentar.
Joice Hasselmann destacou ainda no vídeo que o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também foi monitorado pela Abin Paralela.
Além da ex-deputada, a Abin usou o software espião First Mile, de fabricação israelense, para monitorar e grampear ilegalmente cerca de 30 mil cidadãos brasileiros, segundo a Polícia Federal, apontando como alvos desse monitoramento ilegal autoridades, jornalistas, professores e sindicalistas.
De acordo com informações da PF, adquiriram esse equipamento de espionagem ao menos os estados Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Amazonas, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Espírito Santo e Alagoas.
No caso paranaense, segundo o deputado Requião Filho (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), o equipamento espião era operado pelo marroquino Medhi Moazen, que ocupa cargo comissionado no governo de Ratinho Junior (PSD).
A espionagem do governo parananaense também está sob investigação da PF, informa Requião Filho.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.