Gazeta do Povo anuncia sua funcionária como candidata a prefeita de Curitiba

A jornalista Cristina Graeml foi anunciada pelo ex-jornal Gazeta do Povo como pré-candidata à Prefeitura de Curitiba pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira).

Desde o início da Operação Lava Jato, por volta de 2014, Graeml deu um giro à extrema direita juntamente com os próprietários do grupo de comunicação curitibano, herdeiros do jornalista Francisco da Cunha Pereira.

Nas vésperas do feriado de 15 de Novembro, data da Proclamação da República, Cristina Graeml chegou a publicar vídeos convocando uma manifestação contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A mensagem da jornalista, agora convertida à condição de candidata à prefeita pelo ex-jornalão, era “chega da mão pesada do Estado” e vinha carregada de antipetismo e anticomunismo.

No entanto, o evento contra o “comunismo” e a “ditadura do PT” fracassou, não reunindo nem meia dúzia de extremistas para segurarem as faixas com mensagens de ódio.

A Gazeta do Povo, hoje um veículo decadente e deficitário, segundo profissionais que já trabalharam na casa, depende de aportes da RPC, a emissora de televisão afiliada à Globo, que sobrevive graças aos subsídios generosos do governo “comunista” de Lula e das verbas publicitárias do governo do Paraná – leia-se Ratinho Junior (PSD).

Economia

Sim, as extravagâncias do extremismo da Gazeta do Povo, fervorosa partidária da Lava Jato e de outros fetiches neoliberais, são financiadas indiretamente com recursos públicos do governo federal.

Também com esses recursos autorizados pela SECOM (Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República), contraditoriamente, a Gazeta do Povo mantém artilharia pesada contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo do PT.

No plantel da extrema direita na capital paranaense, agasalhado no grupo Globo/RPC/Gazeta do Povo estão os bolsonaristas deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e os jornalistas Alexandre Garcia, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Luis Ernesto Lacombe, além do senador Sérgio Moro (União-PR) e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) – ambos da finada Lava Jato.

Os Cunha Pereira, proprietários da Gazeta do Povo, são meeiros da família Lemanski no canal de televisão.

Dito isso, a pré-candidatura da Gazeta do Povo não visa apenas a disputa da narrativa nacional durante as eleições municipais.

O ex-jornalão quer protagonizar “por dentro” na corrida pela Prefeitura de Curitiba, pois, antes de sua pupila Cristina Graeml, o atual blog Gazeta do Povo é um fervoroso torcedor do prefeito Rafael Greca (PSD), que apresentará seu vice Eduardo Pimentel (PSD) como candidato oficial.

Para ser uma ideia da ligação entre Gazeta do Povo e Rafael Greca, um dos donos do ex-jornal chegou a atuar como “personal style” do prefeito sugerindo a ele uma dieta para chegar mais fino às eleições de 2026, quando ele sonha concorrer ao Palácio Iguaçu.

Portanto, segundo a sabedoria da Boca Maldida e da Praça 29 de Março, onde os “macacos velhos” da política se reúnem na capital paranaense, a pré-candidatura ligada à Gazeta do Povo pode tacitamente ajudar Pimentel, enquanto espizinha o nome apoiado pelas esquerdas curitibanas.

A conferir.

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