O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, compareceu à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta quinta-feira (18/5), para prestar depoimento no inquérito que investiga a inclusão de dados falsos nos cartões de vacinação relacionados a sua família e ao ex-presidente. Essa apuração envolve a suposta falsificação de informações referentes à vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.
Por volta das 14h20, foi possível visualizar Mauro Cid chegando à sede da PF escoltado pela Polícia do Exército. Esse fato desperta interesse e curiosidade sobre o desenrolar do depoimento, haja vista ser uma situação que envolve uma pessoa próxima ao ex-presidente, o que aumenta o interesse do público.
O militar encontra-se preso desde 3 de maio em decorrência da Operação Venire, na qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito de um inquérito que investiga as “milícias digitais”. Esses detalhes enfatizam a relevância do caso e sua conexão com investigações mais amplas.
A investigação da Polícia Federal levantou indícios de que Mauro Cid utilizou seu computador e celular para acessar dados de Bolsonaro no sistema de vacinação do Ministério da Saúde. As acusações envolvem crimes como infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, peculato eletrônico e corrupção de menores.
Um elemento que reforça a seriedade das acusações é a quebra do sigilo do celular de Mauro Cid, que revelou conversas por mensagens de texto e áudio sobre a adulteração de cartões de vacinação, inclusive o de sua esposa, Gabriela Cid.
A investigação aponta que as falsificações ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, afetando a veracidade das informações sobre a imunização contra a Covid-19 dos envolvidos. Essa situação tem como consequência a alteração da verdade sobre a condição de imunização de beneficiários, incluindo o próprio Bolsonaro, sua filha Laura de 12 anos e Mauro Cid, sua esposa e filha.
Essa é uma situação que envolve aspectos delicados, como a manipulação de informações relacionadas à saúde pública e a confiança da população na transparência dos dados sobre vacinação. O depoimento de Mauro Cid na Polícia Federal é de extrema importância para esclarecer os fatos e garantir a investigação justa e imparcial.
A sociedade espera por respostas claras e contundentes diante das acusações de falsificação de dados de vacina contra a Covid-19. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse caso, trazendo mais informações em breve. Fique ligado no Blog do Esmael para saber todos os detalhes.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.