Eleitores identificados com a esquerda aumentaram enquanto diminuíram os da direita, diz

O termo direita, aos poucos, está voltando a ser um “palavrão” no país da democracia e do futebol.

Segundo pesquisa Datafolha, 49% da população se diz de esquerda enquanto 34% se declara de direita.

Em 2013, auge das manifestações antidemocráticas que culminaram com o golpe contra Dilma Roussef, os que se identificavam com a direita eram 40% – o que comprova o adágio segundo qual “não há mal que dure para sempre”.

Realizada nos dias 25 e 26 de maio de 2022, a pesquisa do Datafolha está está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022 e possui margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou menos. Foram ouvidos 2.556 eleitores.

Sob as asas do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), o termo “direita” voltou a ser sinônimo de ódio, ignorância, homofobia, misoginia, semiescravização dos trabalhadores, privatização e roubo de ativos públicos, governo dos mais ricos contra os pobres, república dos banqueiros, milícia, violência, morte, doença, inflação, carestia, fome, miséria, dentre outros adjetivos.

O Datafolha explica como chegou à conclusão de que a direita está levando uma surra da esquerda em popularidade. O instituto cruzou questionamentos sobre drogas, armas, criminalidade, migração, homossexualidade e impostos—, mostra que 34% têm ideias próximas à direita e 17% se localizam ao centro, enqunto 49% se inclinam à esquerda.

Economia

– É sob esses humores que o país se prepara para a eleição presidencial de outubro, com disputa polarizada entre dois candidatos associados aos dois universos: pela esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as intenções de voto, e, pela direita, o presidente Jair Bolsonaro – interpetra a Folha de S.Paulo.