Bolsonaristas acusados de terrorismo são presos pela Polícia Federal em Brasília e sete estados

Em uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal, bolsonaristas foram presos na manhã desta quinta-feira (29/12) sob a acusação de praticar atos de terrorismo em Brasília, no último dia 12 de dezembro, quando eles incendiaram carros e ônibus e tentaram invadir a sede da PF.

A megaoperação iniciada na madrugada de hoje consiste no cumprimento de 32 mandados, em Brasília e outras localidades do país, cujas ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF, a Operação Nero é deflagrada simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em balanço feito à imprensa, a PF afirmou que houve 3 prisões [ante 11 mandados de prisão] e 21 buscas e apreensões. Segundo os agentes federais, os alvos da Operação Nero podem ter conexão com a bomba no aeroporto internacional de Brasília.

Dentre os presos na manhã de hoje estão uma mulher, Klio Hirano, que se destacou no acampamento “patriotário” em Brasília por meio de publicações nas redes sociais. Além dela, as forças policiais ainda prenderam Átila Reginaldo Franco de Melo, no Rio; Joel Pires Santana, em Rondônia; e Ricardo Yukio Aoyama, também em Rondônia.

Operação Nero da PF e PCDF ocorreu a 72 horas antes da posse do presidente Lula.

Aoyama foi encontrado com uma arma, quatro carregadores e diversas munições na sua residência.

Economia

O futuro ministro da Justiça ‘de facto’, Flávio Dino, disse que a “liberdade de expressão não abrange terrorismo”.

“As ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio. Motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo”, declarou Flávio Dino em suas redes sociais.

As operações policiais foram feitas nesta quinta no Distrito Federal e em sete estados. Os extremistas presos tentaram invadir a sede da PF, na Asa Norte, em Brasília, no último dia 12 de dezembro.

A megaoperação contra o terrorismo ocorreu a três dias da posse do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva.

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