Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, é preso pela Polícia Federal ao chegar em Brasília

A prisão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres deixa Jair Bolsonaro com a barba de molho, ou seja, a qualquer momento o ex-presidente também poderá ser alvo de ordem de prisão, à medida que surjam mais conexões dele com a tentativa de golpe de Estado no domingo 8/1.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres embarcou na noite desta sexta-feira (13) no aeroporto de Miami (EUA) com destino final a Brasília. Ele foi preso pela PF ao desembarcar na manhã deste sábado (14) em Brasília.

Na terça-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão de Torres —que comandou a pasta da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL) – por envolvimento nos ataques golpistas contra as sedes dos três Poderes, no domingo (8) em Brasília.

Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava no Brasil no domingo (8), quando bolsonaristas atacaram e depredaram os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto.

Após a decretação da prisão, Torres publicou nas redes sociais que regressaria ao Brasil para se entregar à Justiça. “Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na Justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá”, disse.

Ele também alega que havia um plano de segurança para conter os manifestantes que cometeram os atos de vandalismo no domingo.

Economia

Ao justificar a medida contra Torres, Moraes disse que as condutas do ex-ministro de Bolsonaro do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fabio Augusto Vieira —que foi preso— são gravíssimas e colocam em risco as vidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de deputados federais, de senadores e de ministros da corte.

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