Os autoproclamados justiceiros da República de Curitiba já não são os mesmos e, segundo o site The Intercept Brasil, nem suas contas bancárias. E, devido denúncias da #VazaJato, a força-tarefa coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol perdeu o “charme” — se é que teve algum dia.
A série de reportagens mostrou a existência de “relações obscenas” entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato sediados na capital paranaense.
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Nesta quarta-feira (31), a Lava Jato deflagrou a 62ª operação para prender executivos de uma cervejaria e no final desta tarde também anunciou a captura do doleiro Dario Messer que estava foragido desde maio de 2018.
Mas por que a força-tarefa teria perdido o “charme”?
Ora, a Lava Jato agora funciona sob o signo da desconfiança do distinto público; por mais que a sociedade seja favorável ao combate à corrupção ela, aos poucos, vai se perguntando se vale a pena dar licença para cometer crimes para combater supostos crimes.
A luz que o Intercept joga no submundo da Lava Jato é fundamental para o amadurecimento democrático do País. Também faz profissionais da imprensa raciocinar criticamente, bem como todos nós brasileiros.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.