A reforma da previdência tem sido um assunto muito polêmico na França. Neste sábado, 11 de fevereiro, cerca de 1 milhão de pessoas se manifestaram contra a reforma, de acordo com o Ministério do Interior. A CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), por outro lado, estima que 2,5 milhões de pessoas participaram da manifestação.
A mobilização foi particularmente forte em Paris e nas cidades médias, e os sindicatos ameaçam colocar a França “em espera” no dia 7 de março se o governo não recuar.
A manifestação foi descrita como um evento familiar, com uma multidão densa e alegre, composta por velhos, jovens e passeantes.
Embora o dia da manifestação não tenha sido um dia de greve, uma paralisação imprevista dos controladores de tráfego aéreo resultou no cancelamento de metade dos voos em Orly.
Funcionários dos oito principais sindicatos confirmaram seu apelo por um quinto ato em 16 de fevereiro e disseram estar prontos “para endurecer o movimento”.
Esses protestos na França têm como objetivo opor-se ao aumento da idade de aposentadoria proposto pelo governo francês. A reforma da Previdência prevê o aumento da idade mínima para se aposentar de 62 para 64 anos, o que gerou muita insatisfação entre a população francesa.
As manifestações têm sido pacíficas, mas também houve relatos de violência e saques nas ruas de Paris. A polícia foi mobilizada para garantir a ordem e conter as manifestações.
A situação é acompanhada de perto pelo governo francês e pela União Europeia, já que a França é uma das maiores economias da Europa e o impacto dessas manifestações pode ser sentido em toda a região.
O governo do presidente Emmanuel Macron está sendo desafiado a recuar enquanto o mandatário francês tenta desviar a atenção com a guerra na Ucrânia. Aliás, o conflito contra a Rússia alimentou a apertada reeleição de Macron no ano passado.
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