Requião: Sergio Moro se uniu à ‘frente ampla amplíssima’ pela manutenção do BC independente e juros altos

O ex-governador e ex-senador Roberto Requião (PT), pelo Twitter, afirmou neste sábado (11/02) que o senador Sergio Moro (União-PR) se uniu à ‘frente ampla’ de setores do governo Lula para manter o Banco Central (BC) independente e a política de juros altos que favorecem banqueiros e desgraça a economia popular.

“Quero entender? O Padilha e o líder do PT na Câmara concordam com o Deltan e do Moro pela manutenção do BC independente dos interesses do povo brasileiro? Ampliou a frente ampla?”, escreveu Requião.

Alexandre Padilha, é deputado federal licenciado do PT de São Paulo. Ele é o ministro da Articulação Política, qual seja, a voz do Palácio do Planalto na Câmara Federal. Já o deputado Zeca Dirceu é o líder da bancada petista na Câmara.

Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol (PODE-PR), também estreante na Câmara, macaqueiam o que diz a velha mídia – Folha, Veja, Estadão, Globo, et caterva – cuja maioria de veículos de comunicação é propriedade cruzada de banqueiros e especuladores no mercado de ações.

Requião disse estranhar o discurso de Padilha porque o presidente Lula defende a exoneração de Roberto Campos Neto, nomeado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), que, segundo Lula, sabotou as metas e compromete a política de emprego e desenvolvimento do país. O presidente da República afirmou recentemente ser uma vergonha a taxa de juros determinada pelo BC.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), tacitamente concorda com Requião ao classificar como “entulho bolsonarista” a permanência de Campos Neto na presidência do Banco Central. “Juros altos são a última trincheira do bolsonarismo“, disse na semana passada a dirigente petista.

Economia

Enquanto parte do PT bate cabeça, contrariando Lula, Requião realiza suas enquetes nas redes sociais. “Você acha que Lula deve substituir a direção do Banco Central e colocá-la a favor do desenvolvimento do país, ou deixar tudo como está?”, perguntou ele no Twitter.

Para o ex-governador do Paraná, Lula pode e deve enquadrar o Banco Central para moralizar o que ele considera taxa criminosa de juros no Brasil. “É a economia estupido”, repete Requião, citando o ex-estrategista americano James Carville – que servia o governo do presidente Bill Clinton.

“Se é para manter o Banco Central independente comandando o Brasil, para que elegemos Lula?”, pergunta Roberto Requião, fitando os olhos da frente ampla amplíssima no PT – contrária às posições de Lula.

“Nós elegemos Lula presidente do Brasil, mas quem manda no país é Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central . Esta situação precisa ter fim”, exortou o experiente político paranaense.

Nos bastidores do Palácio do Planalto, em Brasília, fala-se abertamente que alguns generais quatro estrelas do petismo defendem a permanência de Campos Neto e do Banco Central independente em troca de “15 minutos de holofotes na Globo” e “algumas linhas nos jornalões” da velha mídia corporativa.

Aqui você assiste o vídeo com a fala de Requião:

LEIA TAMBÉM