Michel Temer (PMDB) avisou a centrais sindicais que votará na semana que vem a reforma da previdência, faça chuva ou faça sol. O diabo é que o peemedebista não resistiria a uma greve geral, se fosse convocada.
Extremamente fragilizado, Temer dificilmente conseguirá enquadrar as bancadas da base governista na Câmara para votar o fim das aposentadorias. No seu próprio PMDB há dissidência. Vide o caso do deputado João Arruda (PMDB-PR), 2º vice-presidente nacional da legenda, que lidera a debandada em tempos de janela partidária (possibilidade de troca de sigla sem a punição com a perda do mandato).
A reforma da previdência e Temer não resistiriam a uma greve geral, mas, para isso, algumas entidades sindicais precisariam desaplicar recursos para fazer o movimento entre os trabalhadores. Portanto, é preciso desaplicar para vencer essa parada.
A greve geral desta terça-feira (5) foi suspensa porque a votação da reforma da previdência também tinha sido suspensa, mas, agora, com a matéria retornando à pauta da Câmara, o movimento paredista sai?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.