Terrorista bolsonarista cogitava até ‘atentado suicida’ em Brasília, diz autoridade policial

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o terrorista bolsonarista identificado como George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, chegou a cogitar até um ‘atentado suicida’. Em depoimento, após sua prisão em flagrante, ele afirmou que estava “preparado para matar ou para morrer” pela missão ideológica.

O bolsonarista também havia dito à autoridade policial que veio para a capital federal “preparado para guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois é um “defensor da liberdade” – contra a implatanção do comunismo no País.

George de Sousa disse à PCDF que “pegou em armas para derrubar o comunismo” e, certamente, impedir que o presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subisse a rampa do Palácio do Planalto no domingo (1º de janeiro de 2023).

O terrorista bolsonarista ainda declarou que:

“A minha ida a Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, disse George Sousa.

Terrorista não agiu sozinho: polícia identificou mais 2 suspeitos

De acordo com a polícia do DF, George Sousa teve ajuda de outras pessoas para armar a bomba em Brasília. Para explodir o aeroporto internacional JK, cujo projeto foi descoberto antes, o terrorista bolsonarista contou com Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos, que também é apoiador do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL).

Economia

Alan foi citado no depoimento do homem preso, porém a Polícia Civil do DF já faz buscas de outros suspeitos de participar no crime.

Os bolsonaristas, segundo o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, fizeram dos acampamentos nos quartéis “células terroristas”. É desses locais que eles partem para ações antidemocráticas, violentas e contra a vida.

Em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira (26/12), Flávio Dino disse que a polícia vai apurar quem teria financiado as armas compradas pelo bolsonarista.

“Não se trata obviamente do chamado lobo solitário. Há gente poderosa financiando isso”, afirmou o futuro ministro.

Em Brasília, além da bomba que iria explodir no aeroporto, a Polícia ainda encontrou mais de 40 kg de explosivos na região do Gama (DF).

Ainda de acordo com o depoimento de George Sousa, os terroristas planejavam também explodir uma subestação de energia em Taguatinga visando o “início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”.

“Estamos diante de uma espécie de esconderijo de pessoas com más intenções, maus propósitos, e que põe em risco as próprias Forças Armadas”, comentou Dino.

“Nós temos, sem dúvidas, agentes privados, inclusive agentes econômicos, e nós vamos apurar essas conexões, sim. Essa gente não voltará à legalidade magicamente no dia 1º de janeiro. Essa gente está mal intencionada e não tem limites”, declarou o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública.

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