STF aprova reajuste de salários para magistrados em 18% enquanto trabalhadores vivem arrocho incrível sob Bolsonaro

Pode ser que os magistrados brasileiros mereçam mais do que os 18% de reajuste aprovados em sessão intra muros, que eleva de R$ 39,3 mil para R$ 46,3 mil os vencimentos dos integrantes da corte máxima.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para enviar ao Congresso Nacional a proposta que eleva a remuneração da magistratura em 18% até julho de 2024.

O problema não é o reajuste nos salários de ministros, juízes, membros do Ministério Público, servidores, e, consequentemente, deputados, senadores, governadores, prefeitos, etc., em um efeito cascata.

As entidades sindicais dos servidores do judiciário relatam perdas inflacionárias superiores a 30% desde o último reajuste, portanto, eles alegam que esse índice ainda está abaixo do necessáro para recuperar poder de compra dos salários.

São justíssimas as reivindicações de ministros do STF a servidores judiciário, e demais categorias.

A bronca é com o incrível arrocho salarial dos trabalhadores, dos que recebem salário mínimo, do andar de baixo.

Economia

Quem olha para baixo, para os trabalhadores do setor privado e sindicalmente desorganizados?

Desde o golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff, os trabalhadores não tiveram mais aumentos acima da inflação.

O arrocho salarial foi ampliado durante o governo cessante de Jair Bolsonaro (PL).

A perda percentual significa uma queda no salário mínimo de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 a dezembro de 2022, descontada a inflação.

Nunca é demais lembrar que, enquanto os trabalhadores do setor privado e servidores do judiciário tiveram salários arrochados, os bancos tiveram lucro recorde em 2021 na ordem de R$ 132 bilhões.

Salário mínimo deveria ser de R$ 6.388,55, diz Dieese

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que o valor do salário mínimo brasileiro ideal em julho, para suprir todas as despesas de uma família com quatro pessoas, deveria ser de R$ 6.388,55, o que equivale a 5,27 vezes ao atual de R$ 1.212,00. O Dieese calcula o valor com base em despesas com saúde, moradia, transporte, educação, alimentação, higiene, lazer, vestuário e previdência.

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