O senador eleito Sergio Moro (União Brasil) luta para emplacar seu dileto amigo, o empresário do entretenimento Fábio Aguayo, como secretário de Estado do Trabalho no governo de Ratinho Junior (PSD), no Paraná.
O problema é que Moro precisa driblar disputas domésticas no União, que tem os Francischini como xerifes. Eles reivindicam a Secretaria da Infraestrutura e Logística, no entanto, o governador não estaria disposto a queimar duas pastas com a agremiação.
Além disso, Moro necessita de um deputado estadual para subir o suplemente Nelson Justus (União) na ALEP (Assembleia Legislativa do Paraná) – coisa que seu amigo Fábio Aguayo não o é.
No limite, se não houver acordo entre os partidos, Justus pode ser nomeado secretário de Estado para garantir a ele foro por prerrogativa de função no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
A família do ex-deputado Fernando Francischini pleteia a Infraestrutura para o deputado federal Felipe Francischini (União) e, assim, subiria o deputado do shampoo Newton Bonin (União).
Nessa reforma do secretariado, na semana passada, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), por exemplo, já garantiu a vaga de secretário de Indústria e Comércio do estado. Barros já ocupou a pasta no governo de Beto Richa (PSDB), entre 2011 e 2014.
Sobre Sergio Moro
O ex-juiz Sergio Moro foi o responsável pela prisão ilegal do presidente Lula por 580 dias, em Curitiba.
O senador eleito pelo Paraná foi declarado “juiz parcial” pelo Supremo Tribunal Federal e acusado de violar direitos processuais por meio do lawfare.
Após sua saída da magistratura, em 2019, Moro foi nomeado ministro da Justiça pelo então presidente cessante Jair Bolsonaro (PL).
A pirotécnica Operação Lava Jato durou entre 2014 e 2021 e, segundo o Dieese, deixou um rastro de destruição na economia e causou ao menos 4,1 milhões de desempregos no País.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.