A proposta do governo Bolsonaro previa apenas R$ 1.302, sem aumento real pelo sétimo ano seguido
A partir de janeiro de 2023, o salário mínimo nacional será de R$ 1.320,00, segundo o Orçamento aprovado nesta quinta (22/12) pelo Congresso Nacional.
Esse aumento corresponde a 9% . Hoje, o mínimo vale R$ 1.212.
A proposta do governo do presidente cessante previa salário mínimo de R$ 1.302,00, ou seja, reajuste de 7,5%.
Em novembro, o índice do IPCA acumulado nos últimos doze meses ficou em 5,8%, portanto, o novo salário mínimo terá um aumento real de 3,2%.
Segundo o orçamento aprovado, esse aumento real no mínimo custará R$ 6,8 bilhões ao tesouro nacional.
Desde 2016, há sete anos, os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro não corrigiram o salário mínimo com aumento real.
Ou seja, o presidente diplomado – antes mesmo da posse – garantiu que o salário mínimo de 2023 terá de volta o aumento real. A ideia do governo Lula é recuperar o poder de compra dos trabalhadores e as capacidades de consumo e produção do país.
No orçamento aprovado pelo Congresso, também ficou assegurado o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família em 2023 (a proposta do governo Bolsonaro previa R$ 405) e adicional de R$ 150 por criança de até seis anos.
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Salário mínimo ideal seria de R$ 6.575,30
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo ideal para o trabalhador brasileiro teria que ser R$ 6.575,30, no mês de novembro de 2022, para atender às necessidades básicas de uma família com quatro pessoas.
O levantamento Dieese se deu com base nos resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos e levou em consideração o salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças.
O novo valor do salário mínimo de R$ 1.320, a partir de 1º de janeiro de 2023, é quase cinco vezes menor que o valor necessário à subsistência de uma família padrão.
A discrepância ainda é maior quando o salário mínimo é comparado com o salário dos deputados, ministros e presidente da República: quase quarenta vezes menor. Um horror. Revoltante.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.