O governador Ratinho Junior (PSD) só pensa naquilo: pedágio, pedágio, pedágio… Quando dorme, ele ainda só pensa em pedágio, pedágio, pedágio… A ideia-fixa do mandatário estadual chamou a atenção dos deputados Requião Filho (PT) e Arilson Chiorato (PT). Para eles, isso pode ser mais do que obsessão e eles já avisaram que irão investigar o caso a fundo.
Ratinho Junior vistoriou na terça-feira (20/12) a obra da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, em Foz do Iguaçu, na região Oeste, que ainda está inacabada. Para ela funcionar, é preciso construir alças de acesso e a aduana, que controla a saída de mercadorias para o país vizinho.
Portanto, a obra na Ponte da Integração Brasil-Paraguai só ficará completamente acabada em novembro de 2025. O resto é propaganda e marketing político.
Segundo o “Garganta Profunda da Tríplice Fronteira“, informante do Blog do Esmael na região, Ratinho Junior foi ao local com a intenção de instalar um pedágio na ponte. [“Aqui, futuro pedágio!” – sugere a oposição.]
Pelo sim pelo não, Requião Filho busca resposta para o caso da servidora que defendeu pedágio na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), em nome dos governos Ratinho Junior e Jair Bolsonaro, e, ato contínuo, pediu demissão para atuar ao lado das concessionárias. Ou seja, ela usou a “porta giratória ao”montar a própria associação que reúne principais pedageiras do país.
Outro assunto que intriga Arilson Chiorato é a crítica do governador ao modelo de pedágio de manutenção. “É porque ele quer que as tarifas continuem caras”, arrematou.
Durante a diplomação do TRE-PR, na terça (19/12), Ratinho Junior chamou de “pedágio caipira” o pedágio de manutenção durante entrevista a jornalistas.
“Nóis prefere o pedágio caipira, mais barato, do que o pedágio ladrão”, disparou o ex-governador Roberto Requião (PT), um dos formuladores da proposta do pedágio de manutenção com tarifa máxima de R$ 5. A ideia foi encampada por Lula.
“Oh sô! Cê se contra tarifa de R$ 20,00 dele é se caipira, nois é caipira memo!”, ironizou Arilson Chiorato, líder da oposição na ALEP.
A Ponte da Integração foi construída sobre o Rio Paraná, no bairro Porto Meira, próximo à Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina). No lado paraguaio, a obra fará ligação com o município de Presidente Franco, vizinho de Cidade de Leste, onde fica a Ponte Internacional da Amizade.
O projeto, iniciado em 2019, mas pleiteado há algumas décadas, foi financiado pelo governo federal e a Itaipu Binacional, responsável pelos recursos financeiros. O investimento deve chegar a R$ 373 milhões ao término dos serviços.
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