Rússia x Ucrânia: EUA exigem de Bolsonaro posição do Brasil contrária a Putin

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo exigido pelos Estados Unidos, que querem uma posição no Brasil contrária a Vladmir Putin sobre possível guerra entre a Ucrânia e Rússia.

O governo Joe Biden pede um posicionamento de Bolsonaro que, nos últimos três anos, passou mais tempo batendo continência para a bandeira americana do que defendendo a soberania nacional brasileira.

O diabo é que Bolsonaro tem viagem marcada para a Rússia daqui um mês. Dificilmente o mandatário vai contrariar Putin nas vésperas de seu embarque para Moscou.

Putin rejeita o avanço da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) pelo flanco leste da Europa, onde está a Ucrânia, que sempre foi considerado um território russo.

Os Estados Unidos tentam uma agenda internacional que projete Biden e, ao mesmo tempo, segure o avanço da China –principal aliada dos russos– na arena comercial mundial.

Joe Biden precisa de um trunfo nos Estados Unidos sob pena de os democratas sofrerem revés nas eleições de meio de mandato, em 8 de novembro deste ano.

Economia

Os chineses são os principais parceiros comerciais do Brasil, pois eles compram os commodities soja, minério, carnes, bem como fornecem vacinas na pandemia. Bolsonaro não pode deixar de levar isso em consideração.

Colateralmente, o Reino Unido busca uma agenda que tire Boris Johnson da encrenca que pode lhe custar o cargo. Ele participou de festa na sede do governo enquanto impunha aos britânicos um rigoroso lockdown.

O posicionamento do governo Bolsonaro no conflito entre Rússia e Ucrânia é importante porque, no sistema de rodízio, o Brasil voltou ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) depois de 10 anos.

Aqui tem um resumo interessante da BandNews [vídeo]